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Eleições

Afeganistão pode ter 2º turno

Folhapress

Cabul - A Comissão Eleitoral de Apelações (CEA), apoiada pela ONU, invalidou ontem centenas de milhares de votos dados ao presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, na eleição presidencial de 20 de agosto, deixando o país mais próximo de um segundo turno.

A falta de definição do pleito, marcado por mais de 700 denúncias de fraudes, gerou tensões entre Karzai e países ocidentais cujas tropas lutam contra a insurgência taleban.

Segundo o jornal New York Times, que teve acesso ao relatório da comissão, Karzai perdeu 915 mil votos, e seu principal concorrente, Abdullah Abdullah, teve quase 196 mil votos anulados.

Um grupo independente de mo­­nitoramento eleitoral, De­­mocracy International, disse que isso deixaria Karzai com cerca de 48,3% dos votos – menos do que os 50% necessários para ser reeleito sem a necessidade de uma nova votação.

Islamabad - Forças paquistanesas mantiveram ontem, pelo terceiro dia seguido, a ofensiva terrestre e os bombardeios aéreos contra re­­dutos da milícia fundamentalista islâmica Taleban e da rede ex­­tremista Al-Qaeda no Wazi­­ristão do Sul, na fronteira com o Afe­­ganistão, onde pelo menos 78 rebeldes e 9 soldados morreram desde sábado, segundo autoridades locais.

O Exército paquistanês afirma não ter encontrado intensa resistência rebelde na região que, segundo os serviços de inteligência, é usada como centro de planejamento para os atentados extremistas como o do dia 10, que deixou 20 mortos no quartel de Rawalpindi, conhecido como o "Pentágono paquistanês".

Apoio

As operações de ontem coincidiram com a chegada ao Paquistão do general David Petraeus, chefe do Comando Central dos EUA, e do senador americano John Ker­­ry. A visita demonstra o forte apoio do governo dos EUA à ofensiva militar contra os extremistas.

Mais de 100 mil civis já ti­­nham fugido do Waziristão do Sul antes da ofensiva. Desde sá­­bado, mais 20 mil deixaram a zona.

Desde o fim de semana, o go­­verno do Paquistão mobilizou 28 mil soldados para enfrentar cerca de 10 mil taleban, alguns vindos do Usbequistão e alguns membros da rede Al-Qaeda. A ofensiva do governo iniciada neste fim de semana é considerada a mais importante dos últimos anos.

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