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Paquistaneses protestam contra charge de Maomé no Facebook. Página de relacionamentos está bloqueada desde quarta-feira no país | Asif Hassan/AFP
Paquistaneses protestam contra charge de Maomé no Facebook. Página de relacionamentos está bloqueada desde quarta-feira no país| Foto: Asif Hassan/AFP

O governo do Paquistão chegou a impedir ontem o acesso ao site do YouTube. Mais tarde, o site que agrupa vídeos voltou ao ar, após terem sido retirados registros considerados "blasfemos", se­­gundo o regulador das telecomunicações do país. Uma proibição ao Facebook, porém, segue vigente. A Autoridade de Telecomu­­nicações do Paquistão qualificou os vídeos retirados como "blasfêmias bastante ofensivas".

Já o Facebook permanecia bloqueado após a Alta Corte de Lahore decidir, na quarta-feira, que autoridades deveriam fechar o site até 31 de maio. O tribunal julgou uma petição de um grupo de advogados paquistaneses, questionando uma página do Facebook chamada "Dia de todo mundo desenhar Maomé!"

Os responsáveis pela comunidade, com mais de 90 mil seguidores, disseram que a intenção não é desrespeitar os muçulmanos, mas enfrentar os extremistas que ameaçam usar da violência contra os que retratam Maomé.

As representações de Maomé são consideradas uma ofensa por muitos muçulmanos, incluindo moderados. O Islã proíbe a idolatria e a arte islâmica tradicionalmente é baseada na caligrafia e na arquitetura, não em retratos. Outra comunidade do Facebook, contrária ao "dia de se desenhar Maomé", tinha mais de cem mil seguidores no fim da quinta-feira.

Para muitos não muçulmanos, o fato de se retratar Maomé não é uma questão de religião, mas sim de liberdade de expressão. Para outros, trata-se de uma provocação desnecessária.

O incidente mais grave ocorreu em 2005, quando o Jyllands-Posten publicou um cartum do Maomé com um turbante no formato de uma bomba, com um pavio aceso.

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