• Carregando...
Em Abingdon, no estado da Virgínia, o republicano Romney realiza evento de campanha | Jewel Sawad/AFP
Em Abingdon, no estado da Virgínia, o republicano Romney realiza evento de campanha| Foto: Jewel Sawad/AFP

Gafe

Espanha critica Romney por citar país como exemplo negativo

A vice-presidente de governo da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, criticou ontem o republicano Mitt Romney porque ele disse que não gostaria de seguir o caminho espanhol na crise financeira.

Perguntada sobre a declaração do americano, ela atribuiu a frase sobre o país ao desconhecimento da realidade espanhola, que disse ter potenciais.

Ela anunciou que o executivo do país ibérico exibirá o esforço conjunto das administrações e dos cidadãos para contornar a crise econômica, que disse terem superado "momentos muito difíceis". "Nesse sentido, temos pouca inveja dos outros povos, incluindo o americano. Aqui temos muita capacidade, muita vontade de trabalhar. Fizeram muitos esforços e diminuímos muito a diferença per capita com o modelo americano", disse.

A vice-premiê também lembrou o orgulho dos espanhóis por seu estado de bem estar. "A Espanha é um dos países que mais cresceram em renda per capita nos últimos 50 anos e tem algumas das melhores empresas do mundo".

  • Obama cumprimenta eleitores ao desembarcar em Cleveland, Ohio, antes de ir a Washington

De acordo com relatório do Departamento de Trabalho divulgado ontem, houve saldo positivo em 114 mil postos de trabalho na relação entre contratações e demissões no setor privado no último mês.

O maior impulso ao emprego foi dado pelo setor de serviços, em áreas como saúde, transporte e armazenamento, com 61 mil trabalhos em setembro.

Em compensação, as principais indústrias americanas registraram saldo negati­­vo,­­ com 16 mil vagas a menos.­­ Tam­­­­bém houve perdas na área­­­­­­­­­­ de eletroeletrônicos e im­­­­­­pres­­são. Com isso, o núme­­ro absoluto de desempregados chegou a 12,1 milhões, sendo re­­duzido em 456 mil durante setembro.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que a queda das taxas de desemprego são prova de que o governo já avançou muito na solução da crise econômica e que é muito tarde para voltar atrás nas mudanças implementadas.

"Mais americanos entra­­ram na força de trabalho, mais­­ pessoas estão conseguin­­do trabalho, mas temos que lembrar que ainda temos muitos amigos que procuram emprego", disse o presidente.

As declarações foram uma resposta ao candidato republicano Mitt Romney, que propôs mudanças, como a redução de impostos para grandes empresas e o fim da reforma da saúde, como forma de reativar a economia e gerar mais empregos.

O porcentual de pessoas sem trabalho nos EUA chegou a 7,8%, nível mais baixo desde janeiro de 2009, primeiro mês de mandato do democrata. O número é três décimos menor que o registrado em agosto.

A baixa geração de postos­­ de trabalho é apontada pelos republicanos como um dos principais problemas do­­ governo de Obama e é en­­fa­­tizada pelo candidato Mitt Rom­­ney.

"Essa não é uma recuperação real", disse Romney, sobre os números divulgados ontem. "Nós criamos menos empregos em setembro do que em agosto, e menos empregos em agosto do que em julho. Perdemos 600 mil vagas na indústria manufatureira desde que o presidente Obama assumiu."

Romney se pronunciou­­ enquanto viajava para Abing­­don, no estado da Virgínia, onde realizará um ato de cam­­panha. "Se não fosse pelas­­ pessoas que deixaram de ser parte da população ativa, a taxa real de desemprego seria de 11%", disse.

A taxa de desemprego tem sido uma das principais armas de Romney na campanha.

Os dados atuais são a marca mais baixa registrada desde janeiro de 2009, mês de iní­­cio do mandato do presidente Barack Obama, e podem dar impulso à candidatura do democrata à eleição em 6 de novembro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]