• Carregando...
Haitianos recebem atendimento precário em hospital de Saint-Marc | Nicholas Kamm/AFP
Haitianos recebem atendimento precário em hospital de Saint-Marc| Foto: Nicholas Kamm/AFP

Genebra - A Organização Mundial da Saú­­de (OMS) advertiu ontem que o surto de cólera no Haiti ainda não atingiu seu pico, está longe de es­­tar controlado e que a taxa de mortalidade registrada até ago­­ra no país é sete vezes superior ao que a agência da ONU considera normal para a doença.

A aparição do cólera no Haiti seria, para a OMS, o mais forte espelho do abandono que vive o país. "Nunca tivemos um só caso de cólera no Haiti desde 1945. Mas a realidade é que essa doença é, acima de tudo, um indicador da miséria de uma população", afirmou Claire-Lise Chaignat, diretora do programa especial de cólera da OMS.

"As condições sanitárias deficientes do país transformarão a có­­lera em uma doença endêmica no Haiti", lamentou a especialista.

Até meados da tarde de hoje, a OMS contabilizava 295 mortos e 3,7 mil contaminados pela bactéria.

"A nossa luta é para frear a proliferação de casos e conter a doença", afirmou Claire-Li­­se. "Mas podemos confirmar que o pico do surto ainda não foi atingido e que veremos um número maior de casos", disse a especialista.

Socorro

O que mais preocupa a OMS é que o sistema de saúde no Hai­­ti não estava preparado para lidar com o surto. Há oito dias, a taxa de mortalidade da doen­­ça no país chegou a 10%. On­­tem, caiu para 7,7% Mas ainda assim é sete vezes superior à média dos outros países onde a doença está presente.

Parte do esforço está concentrada na região do Rio Arti­­bonite, local onde supostamen­­te surgiu o surto.

Mas a OMS aler­­ta que a operação internacional terá como meta frear a difusão da doença.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]