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Hillary e Trump se enfrentam nesta segunda-feira no primeiro debate presidencial do ano, um desafio complexo para a candidata democrata à Casa Branca, que terá pela frente um adversário imprevisível e em condições de igualdade, segundo as pesquisas eleitorais.

Para a pesquisa WshingtonPost/ABC, a estreita vantagem de Hillary exibida no mês passado já não existe mais. A candidata democrata e seu adversário republicano contam com 46% das intenções de votos entre os eleitores registrados.

Se forem incluídos todos os candidatos, Hillary e Trump figuram com 41%, o aspirante do Partido Libertário, Gary Johnson, 7% e a candidata do Partido Verde, Jill Stein, 2%.

Enquanto outras pesquisas em nível nacional mostram Hillary com vantagem, a média das pequisas revelam uma estreita margem de um dígito. As diferenças de gênero, raça e educação são claras entre ambos candidatos. Entre os homens, 54% apoiam Trump, e 55% das mulheres apoiam Hillary.

Por ouro lado, 53% dos eleitores brancos preferem Trump, contra 37% para Hillary, que, por sua vez, recebe 69% do apoio de outras raças, enquanto o magnat fica com apenas 19%.

Trump vence Hilarry por quatro a um entre os homens brancos sem grau universitário, enquanto que a democrata conta com 57% dos votos das mulheres brancas com nível universitário.

Clinton recebe cerca de 39% de opiniões favoráveis, contra 57% que têm uma opinião desfavorável sobre ela. Já Trump tem 38% de opiniões favoráveis e 57% desfavoráveis.

No quesito honestidade, Hillary tem as piores marcas: 33% a consideram honesta e confiável, contra 66% que acham o contrário. No caso de Trump, 42% o acham honesto e confiável, contra 53%.

Debate

Dezenas de milhões de americanos assistirão o debate de 90 minutos, organizado na Universidade de Hofstra, próxima de Nova York, e que deve quebrar recordes de audiência. As expectativas e riscos para os dois candidatos são diferentes.

Hillary Clinton tem muito mais experiência na vida pública, mas provoca pouco entusiasmo no eleitorado em geral, ao mesmo tempo que de Trump, um populista adepto de frase bombásticas, ninguém espera que conheça de maneira profunda os temas fundamentais da agenda.

Debilitada recentemente por uma pneumonia que a afastou da campanha por vários dias, a ex-secretária de Estado e ex-senadora de 68 anos representa a continuidade de oito anos da administração de Barack Obama. Ela tem se preparado de maneira minuciosa para o debate.

Hillary analisa há várias semanas relatórios e estatísticas para contrapor a Trump, revê os debates organizados durante as primárias democratas e, de acordo com o jornal New York Times, consulta inclusive psicólogos sobre a personalidade do magnata republicano para tentar antever suas reações.

O nível de responsabilidades é menor para Trump, de 70 anos, um candidato atípico e impulsivo, que em grande medida continua sendo rejeitado pela liderança tradicional do Partido Republicano e que nunca exerceu qualquer cargo público.

Ele ameaçou neste domingo levar uma ex-amante do ex-presidente Bill Clinton ao debate. O candidato republicano à Casa Branca fez esse comentário depois que o milionário e investidor Mark Cuban, que apoia Hillary, afirmou que se sentará na primeira fileira do debate.

Trump já se referiu em várias oportunidades às infidelidades do marido de sua adversária. “Se o imbecil do Mark Cuban, que tem fama de benfeitor fracassado, quer se sentar na primeira fila, talvez eu coloque a Gennifer Flowers bem do lado dele!” tuitou Trump.

Bill Clinton teve uma relação com Flowers enquanto era governador do estado de Arkansas (1983-1992).

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