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Os votos dos 3,5 milhões de paraguaios que escolhem neste domingo (21) o novo presidente do país será manual. O Congresso do Paraguai vetou as urnas eletrônicas brasileiras que foram usadas em eleições anteriores. A alegação foi de que não são confiáveis porque podem ser burladas.

A decisão precisou ser acatada pela Justiça Eleitoral, mas gerou protestos. O Coordenador Geral das Eleições, Carlos María Ljubetic, reprovou a iniciativa dos políticos. "É um absurdo. Creio que a urna eletrônica oferece muita garantia. O resultado sai mais rápido e não há manipulação de membros da mesa", diz. As urnas brasileiras foram usadas em três eleições no Paraguai, a última delas em um pleito municipal, em 2006.

No sistema manual, os eleitores recebem seis boletins, um correspondente a cada cargo que precisa votar. Ao final do pleito, os mensários fazem a contagem dos votos, digitam os resultados e transmitem à Justiça Eleitoral. Embora a votação seja manual, a transmissão é eletrônica.

A votação será realizada das 8 às 17h (horário brasileiro). A Justiça Eleitoral estima que o nome do novo presidente paraguaio deve ser conhecido por volta das 20h locais (21 horas no Brasil).

Pleito

No total estão habilitados 1.046 locais de votação em todo país. Cerca de 12 mil pessoas irão trabalhar nas eleições. Há ainda 58 mil membros de mesa dos partidos que estarão envolvidos no processo.

O voto no Paraguai é obrigatório e há multa para quem não comparecer às urnas. No entanto, muitos eleitores não se importam porque a sanção não é aplicada.

As últimas pesquisas apontam empate técnico entre os dois candidatos mais bem cotados, Horacio Cartes (Partido Colorado) e Efraín Alegre (Partido Liberal Radical Autêntico). Se o resultado for apertado, não se descarta a possibilidade de um dos partidos solicitar recontagem de votos, a exemplo do que ocorreu na Venezuela.

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