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O presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez| Foto: Alan Santos/Alan Santos

O governo do Paraguai recuou e autorizou nesta quinta-feira (30), a volta parcial da atividade comercial em Ciudad del Este, na tríplice fronteira com o Brasil e a Argentina, após uma noite de protesto em razão do anúncio do retorno à fase mais restritiva do confinamento por causa da pandemia do novo coronavírus.

"O maior número de comércios e negócios poderá abrir com algumas exceções, o que nos permitirá ter a possibilidade de os trabalhadores levarem seu sustento para casa", anunciou ontem o governador do Alto Paraná, Roberto González, em entrevista coletiva.

No entanto, "haverá um fechamento total e firme da fronteira, exceto para casos humanitários", afirmou o ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo. As lojas funcionarão das 5 horas às 17 horas.

Protesto no Paraguai

Manifestações espontâneas motivadas pelo anúncio das autoridades de saúde de voltar à fase inicial da quarentena em Ciudad del Este deixaram, na quarta-feira, cerca de 20 feridos, entre eles 5 militares que monitoravam a Ponte da Amizade, que liga o Paraguai ao Brasil sobre o Rio Paraná. Pelo menos 60 pessoas foram presas durante os violentos protestos, que incluíram saques de comida e eletrônicos e veículos incendiados.

O ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, alertou que a região fronteiriça com o Brasil "é uma área de circulação sustentada do vírus" e ressaltou que 40% dos casos no Paraguai correspondem a Ciudad del Este, onde os leitos de UTI estão praticamente lotados.

Até a quarta-feira (29) o Paraguai tinha 4.866 casos e 46 mortos pela doença.

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