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O partido governista da Venezuela expulsou nesta quarta-feira (14) o governador do estado Monagas, Gregório Briceño, que criticou a dirigência e mostrou seu desacordo pela maneira como o governo lidou com um vazamento de petróleo.

"Resolvemos suspender o cidadão Gregório Briceño do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) por ter incorrido de maneira dolosa em faltas graves derivadas de posições antiéticas e contrarrevolucionárias", disse em coletiva de imprensa o vice-presidente do governo e alto dirigente do partido, Elías Jaua.

O PSUV concordou em "começar imediatamente o procedimento disciplinar para sua expulsão", uma decisão que foi imediatamente apoiada através do Twitter pelo presidente Hugo Chávez, convalecente em Havana da operação de um segundo tumor de câncer.

"Apoio plenamente a decisão de nosso PSUV! Acredito que o governador Briceño chegou aonde tinha que chegar. Povo heróico de Monagas, comigo!", escreveu o presidente.

Jaua informou que, segundo o tribunal disciplinar do partido, o governador também foi sancionado por faltar ao "princípio de unidade revolucionária" quando acusou o vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, de sabotar sua gestão em Monagas para tentar tirá-lo do cargo.

Briceño manifestou também suas diferenças com o governo pela maneira em que este respondeu a um vazamento de petróleo no município de Maturín, capital de Monagas, que contaminou o rio Guarapiche e interrompeu até agora o serviço de água potável para cerca de 500 mil habitantes da região.

Depois de realizar operações de saneamento, o governo ordenou a Briceño que retomasse o fornecimento de água potável, mas este se negou argumentando que o recurso continuava contaminado. O vazamento aconteceu no começo de fevereiro quando um oleoduto se rompeu em uma usina da estatal venezuelana PDVSA em Maturín.

Desde que Chávez viajou a Havana há mais de duas semanas para se submeter a uma nova operação pelo câncer que padece, o PSUV fechou fileiras e insistiu em sua mensagem de unidade frente às eleições presidenciais de 7 de outubro em que o presidente espera ser reeleito para mais seis anos.

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