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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

A expressão "cérebro de passarinho", pelo visto, nunca foi tão injusta. Pesquisadores dos Estados Unidos, da Dinamarca e do Reino Unido acabam de mostrar que uma espécie migratória de pássaro norte-americano possui um verdadeiro GPS no cérebro, que lhe permite migrar na direção certa mesmo quando a ave é artificialmente deslocada por quase 4.000 km de seu local de origem.

A pesquisa está na edição desta semana da revista científica "PNAS". No trabalho, a equipe coordenada por Kasper Thorup, do Museu Zoológico da Universidade de Copenhague (Dinamarca), usou pequenos transmissores de rádio para monitorar adultos e jovens da espécie Zonotrichia leucophrys gambelii, um parente do nosso popular tico-tico. De seu habitat natural no noroeste dos Estados Unidos, o bicho voa para o sul no inverno, passando essa época do ano na fronteira com o México, que é bem mais quente.

Os pesquisadores deslocaram 15 adultos e 15 jovens da espécie para a Costa Leste americana -- mais ou menos como se, no Brasil, o passarinho fosse nativo do Acre e o levassem para Pernambuco. Eles queriam observar o que acontecia com o comportamento das aves na época da migração anual, após elas serem levadas a uma distância de quase 4.000 km de seu local de origem.

Surpreendentemente, porém, os adultos da espécie imediatamente corrigiram sua rota para chegar aos seus abrigos de inverno costumeiros. Já os jovens, menos experientes, simplesmente seguiram para o sul, como se ainda estivessem em seu lar original, obviamente errando o caminho.

Para os pesquisadores, a conclusão é que os adultos da espécie possuem um sistema aperfeiçoado de navegação em escala continental, que lhes permite achar seu caminho usando, talvez, as estrelas, já que costumam viajar à noite.

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