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Em meio à tensão regional, Brasil abriga multicúpula

Quatro cúpulas reunirão na Costa do Sauípe (BA), nos próximos dias, chefes de estado latino-americanos e caribenhos: Mercosul, União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Grupo do Rio e Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento. Em grupos maiores ou menores, os encontros acontecerão em meio a tensas relações entre muitos dos países da região.

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O governo brasileiro parece disposto, ao menos no âmbito do Mercosul, a acabar com a fama de imperialista. Numa tentativa de reduzir as assimetrias entre os sócios, bancará a maior parte dos recursos de dois novos fundos que serão anunciados na próxima cúpula de chefes de estado do bloco, amanhã, na Costa do Sauípe, Bahia.

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Os 33 países da América Latina e do Caribe se reunirão, pela primeira vez na história, sem a presença dos Estados Unidos ou de países europeus. O encontro, convocado pelo Brasil, acontecerá logo após a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, amanhã, na Costa do Sauípe, Bahia. Durante dois dias, os presidentes da região debaterão temas de interesse comum na Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc).

A agenda da cúpula é tratar das questões relacionadas integração e ao desenvolvimento diante das crises que hoje nos ocupam, na agenda internacional de alguma forma: financeira, de energia, alimentar, relacionada mudança do clima, resumiu, sem dar maiores detalhes, o diretor do Departamento da Aladi e Integração Econômica Regional do Itamaraty, Paulo Roberto França

Com o inédito encontro, a região manda um sinal para o mundo de que é capaz de tratar, sozinha, de seus interesses, a partir de uma perspectiva e agenda próprias. Mas, de acordo com o diplomata, o encontro está longe de ser um contraponto a outras inciativas, como a fracassada Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Não é contraponto a nada. Não é uma agenda contra alguma coisa, contra um projeto, contra um país. Ao contrário, é uma cúpula com uma agenda positiva, salientou França.

França assegurou que não há qualquer pretensão de se alinhavar uma futura área de livre comércio na região. Tal tema sequer constará na declaração final dos presidentes. Não haverá espaço, numa declaração dessa natureza, para dizer 'vamos chegar ao livre-comércio', não é esse o espírito. O espírito é aprofundar a integração, garantiu, ponderando que o Mercosul já tem acordos de livre comércio com praticamente todos os países da América do Sul entre eles Chile, Bolívia, Equador, Venezuela, Colômbia e Peru. Ainda não há previsão de que reuniões como essa aconteçam regularmente, como as cúpulas do Mercosul e Ibero-Americana.

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