Palma de Mallorca - Dois policiais espanhóis foram assassinados ontem numa explosão em Calvià, perto de Palma de Mallorca, nas ilhas Baleares atentado que o presidente de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, atribuiu ao grupo separatista basco ETA.
Foi o segundo ataque às forças de segurança espanholas em 24 horas. Na quarta-feira, 200 kg de explosivos foram detonados em frente a um quartel-residência da Guarda Civil em Burgos (norte da Espanha), deixando 65 feridos. O ataque também foi atribuído ao ETA, que ontem completou 50 anos de existência.
As vítimas de ontem, guardas civis de 27 e 28 anos, morreram com a detonação de uma bomba no carro que dirigiam. Membros das forças de segurança são tradicionalmente alvos preferenciais do ETA que desde seu primeiro atentado, em junho de 1968, ma tou mais de 820 pessoas.
Horas depois da explosão, a polícia espanhola desativou uma segunda bomba encontrada sob um carro policial próximo ao local do atentado região turística onde a família real espanhola passará as férias de verão, a partir de amanhã.
O aeroporto de Mallorca foi fechado por duas horas para impedir a fuga de suspeitos, mas até as 21h30 de ontem, ninguém havia sido preso.
Demonstração de força
Nos últimos meses, dirigentes do ETA foram presos na Espanha e na França, e os atentados recentes podem ser uma tentativa de demonstrar que o grupo se mantém ativo. Zapatero disse ontem que o "atentado criminoso se produz no momento em que "a ação (policial) decidida golpeia como nunca os terroristas.
O chanceler da Espanha, Mi guel Ángel Moratinos, que estava ontem em Brasília, atribuiu os atentados a "fanáticos que estão nos seus estertores, na sua reta final. Disse, ainda, que os ataques não pega ram o governo de surpresa, porque os principais líderes do ETA foram presos, e os órgãos de informação já previam que o movimento tentaria dar "uma falsa demonstração de força, com ataques e com mortes.
Criado na ditadura militar comandada por Francisco Franco (1939-1978), quando a cultura basca era reprimida, o ETA reivindica a independência de território que inclui, além do País Basco que conta com relativa autonomia , Navarra e parte da França.
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