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Tropas peruanas realizaram buscas por policiais desaparecidos e patrulharam cidades na Amazônia peruana neste domingo (7), após ao menos 60 pessoas morrerem em confrontos com tribos indígenas que se opõem ao plano do presidente, Alan García, de explorar minas e petróleo na região.

Tropas assumiram o controle da cidade de Bagua Grande, cerca de 1.400 quilômetros ao norte da capital Lima, após um toque de recolher ser imposto durante a madrugada para acalmar a pior crise do mandato de García.

Um líder indígena disse que 40 manifestantes foram mortos e o governo afirmou que 23 membros das forças de segurança também morreram em dois dias de confrontos pelo plano de Garcia de incentivar bilhões de dólares de investimento estrangeiro na floresta. Manifestantes disseram estar defendendo a terra de seus ancestrais.

"A situação é normal no momento, mas continuamos com patrulhas como precaução", disse o major Jose Luis Santillan, chefe da polícia da cidade vizinha de Bagua Chica, perto do trecho da estrada conhecida como "Curva do Diabo", onde 11 policiais morreram ao tentar remover uma barricada na sexta-feira.

Dezenas de policiais foram feitos reféns pelos manifestantes, mas a maioria foi libertada algumas horas depois. Neste domingo, dois seguiam desaparecidos.

"Estamos procurando pelos policiais desaparecidos e armas que os indígenas roubaram deles", disse Santillan.

Em outras localidades, milhares de indígenas com arpões de madeiras prometeram impor barricadas em estradas na Amazônia e continuar com os protestos se forças do governo tentarem interromper suas manifestações.

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