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O coordenador do grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que estava em Porto Príncipe, no Haiti, durante o terremoto que destruiu o país em 13 de janeiro, professor Omar Ribeiro Thomaz, chegou ao Brasil nesta segunda-feira (18) e a Campinas, nesta quarta-feira. Ele informou que os acadêmicos estudam proposta para as universidades do Estado de São Paulo ajudarem estudantes e pesquisadores haitianos a completar seus estudos ou projetos em instituições brasileiras.

"Bastaria retirarmos alguns obstáculos burocráticos para que eles pudessem vir, estudar e voltar devidamente capacitados para desempenhar um papel crucial na reconstrução do país. Principalmente agora que a Universidade de Estado foi completamente destruída, tendo perdido por volta de mil de seus estudantes e praticamente toda a sua estrutura física, é fundamental garantir que os estudantes sobreviventes não vejam sua chance de estudar inviabilizada", declarou o grupo em nota divulgada hoje.

Além de Omar Thomaz, estavam no grupo de pesquisa do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp no Haiti outras oito pessoas. Ao terem a notícia sobre o tremor de terra desta quarta, o grupo ficou apreensivo, sobretudo após tentar contato com amigos haitianos e não conseguir. "Tentamos contato, mas não conseguimos. Não sabemos como as coisas estão", disse o professor do Departamento de Antropologia.

Para o pesquisador, os haitianos terão de sentir que estão ajudando a reconstruir sua história. "A ajuda internacional vai ter de chegar com humildade, não com soberba, pois quem vai reconstruir o país é quem vai ficar lá, ou seja, os haitianos. O que a ajuda internacional pode oferecer são canais reais para essa contribuição na reconstrução", afirmou Thomaz. "Não ajuda nada o Haiti se todos os recursos forem canalizados para reconstruir a própria missão da ONU, e não a capacidade das pessoas de participarem da reconstrução", afirmou o grupo, na nota divulgada hoje.

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