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Presidente chileno Sebastian Piñera acompanhado da mulher Cecilia Morel Montes entregam à rainha Elizabeth uma rocha da mina San José. | REUTERS/John Stillwell/POOL
Presidente chileno Sebastian Piñera acompanhado da mulher Cecilia Morel Montes entregam à rainha Elizabeth uma rocha da mina San José.| Foto: REUTERS/John Stillwell/POOL

O presidente chileno, Sebastián Piñera, prometeu na segunda-feira intensificar a segurança nas minas do Chile, mesmo que isso implique custos adicionais para os proprietários, após o resgate dramático de 33 mineiros que ficaram presos debaixo da terra.

Ainda desfrutando o clima positivo gerado pelo resgate, Piñera, que faz um giro por capitais europeias, disse que o Chile está triplicando o orçamento dos organismos reguladores do setor mineiro e revendo suas normas.

"Vamos trabalhar para aprimorar nossas normas de trabalho ... com o mesmo engajamento e fé com que trabalhamos para salvar os mineiros", disse o presidente em entrevista à BBC.

Empresário bilionário conservador que assumiu a presidência em março, Piñera acompanhou a operação de resgate, que durou 23 horas e na qual os mineiros foram içados para a superfície, um por um, depois de passar dois meses debaixo da terra.

Ele disse que o Chile lançou uma campanha para aprimorar no prazo de 90 dias o tratamento dado a mineiros, visando equipará-lo aos "padrões do primeiro mundo."

Piñera disse ainda que o Chile vai ratificar a Convenção 176 da Organização Internacional do Trabalho que concede aos mineiros uma voz em questões relativas à segurança.

O país sul-americano vai intensificar as normas de segurança, independentemente do custo que isso significar para o setor da mineração, disse ele.

"Quando você salva vidas, está investindo. Não existe custo. Pelo contrário, se tivermos uma cultura real de proteção da vida, nossa indústria da mineração será muito mais forte."

Piñera disse ainda acreditar que os proprietários da mina em que os trabalhadores ficaram presos têm "responsabilidade enorme, porque não seguiram as normas chilenas."

"Em todas as minas do Chile é preciso haver uma segunda saída da mina. Nessa mina, não havia", disse ele.

O presidente disse que o governo chileno pode ter sido negligente porque não se certificou de que as normas estivessem sendo seguidas, mas atribuiu a culpa ao governo anterior.

Piñera levou um pedaço de rocha da mina à rainha britânica Elizabeth e ao primeiro-ministro David Cameron, com quem tinha um encontro previsto na segunda-feira. De acordo com um porta-voz, Cameron vai dar a Piñera 33 garrafas de cerveja britânica.

Piñera também vai visitar a França e a Alemanha nesta semana, em um giro europeu programado muito antes do acidente na mina.

Seus índices de aprovação subiram para um novo pico nos dias depois de os mineiros serem localizados, e ele foi elogiado por sua resposta pronta e personalizada à crise.

No domingo, Piñera visitou o bunker em Londres desde o qual Winston Churchill liderou a luta contra o nazismo.

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