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Um ano após o início de uma onda de agitação social em massa, os chilenos votaram neste domingo em um plebiscito para mudar a Constituição do país, redigida na época da ditadura e vista como o alicerce das desigualdades no país| Foto: PEDRO UGARTE/AFP

Com o apoio de quase 80% dos eleitores, segundo os dados divulgados por volta das 23h deste domingo, o Chile caminhava para aprovar a redação de uma nova Constituição para o país em um plebiscito realizado neste domingo (25). O sistema de elaboração do texto escolhido é uma Convenção Constitucional, com quase 80% dos votos. Nesse sistema, o documento é redigido apenas por membros eleitos para a tarefa.

Outros cerca de 20% dos chilenos votaram pela elaboração de uma nova Constituição por uma Convenção Mista, formada por um número igual de congressistas e membros eleitos. Houve pouco mais de 20% de votos contrários à redação de um novo documento.

O processo eleitoral ocorreu em meio à pandemia de covid-19 que, no Chile, contabiliza quase 500 mil casos e 13,8 mil mortes. A média diária de novos casos entre os chilenos tem variado de 1,5 mil a 2 mil casos. Em razão deste cenário, o horário de votação foi estendido em duas horas para reduzir as aglomerações, com diferenciação para os maiores de 60 anos.

O plebiscito sobre a Constituição foi o resultado político mais importante dos protestos contra a desigualdade social que estouraram no país em novembro de 2019 – a maior agitação civil desde a restauração da democracia chilena em 1990, cuja a repressão policial deixou 23 mortos e mais de dois mil feridos.

A Constituição atual chilena entrou em vigor durante a ditadura de Augusto Pinochet, de 1973 a 1990.


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