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O secretário de Estado norte-americano John Kerry esteve reunido por quase uma hora com a presidente Dilma Rousseff | Fernando Bizerra Jr. / EFE
O secretário de Estado norte-americano John Kerry esteve reunido por quase uma hora com a presidente Dilma Rousseff| Foto: Fernando Bizerra Jr. / EFE

Os Estados Unidos prometeram nesta terça-feira (13) dar respostas ao Brasil e a outros aliados a respeito das atividades norte-americanas de vigilância contra o terrorismo, mas não deram sinais de que o país irá altera a maneira pela qual reúne tais informações.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pediu ao Brasil que não permita que as recentes revelações sobre as atividades sigilosas de vigilância dos EUA na Internet prejudiquem as relações comerciais, diplomáticas e culturais entre as duas maiores economias das Américas.

"O Brasil merece respostas e irá recebê-las", disse Kerry em sua primeira visita a Brasília desde que assumiu o cargo, no começo do ano.

"O Brasil e outros países vão entender exatamente o que estamos fazendo, e vamos trabalhar juntos para garantir que o que quer que esteja sendo feito seja feito de forma que respeite nossos amigos e nossos parceiros", acrescentou.

O chanceler Antonio Patriota disse que o Brasil precisa de mais do que explicações sobre as recém-reveladas atividades de vigilância da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) sobre comunicações telefônicas e digitais no mundo todo.

"Consideramos que os Estados Unidos não encontrarão melhor parceiro no combate ao terrorismo na medida em que as ações sejam levadas a cabo de forma transparente. Quando as ações são feitas de forma plena fortalecem a confiança. Quando há falta de informação, isso pode enfraquecer a confiança", afirmou Patriota em entrevista coletiva após o encontro com Kerry.

"Precisamos descontinuar práticas atentatórias à soberania, à relação de confiança entre os Estados e violatória das liberdades individuais que nossos países tanto prezam", disse Patriota

A primeira visita oficial de Kerry à América do Sul como secretário de Estado ocorre sob o impacto das revelações dos programas de espionagem da NSA feitas pelo ex-prestador de serviços Edward Snowden, que recebeu asilo da Rússia após as denúncias.

Dilma

John Kerry esteve reunido por quase uma hora com a presidente Dilma Rousseff. Na saída, Kerry disse que o encontro foi muito bom e que os Estados Unidos estão ansiosos pela visita de Dilma em outubro.

Participaram também da reunião o ministro de Relações Exteriores Antônio Patriota; o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Mauro Vieira; e o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

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