A polícia de Córdoba (oeste da Argentina) prendeu vários parentes e pessoas próximas ao traficante de drogas equatoriano José Adolfo "Fito" Macías, foragido da justiça e considerado um dos responsáveis pela onda de violência no Equador.
Os detidos na operação realizada na noite desta quinta-feira (18) tinham alugado uma casa em Valle del Golf, um bairro exclusivo em Malagueño, nos arredores de Córdoba, e pagaram em espécie com dólares, segundo o jornal La Voz del Interior, que cita como fonte Alberto Bietti, diretor de Inteligência Criminal da polícia de Córdoba, responsável pela investigação juntamente com a Força Policial Antinarcotráfico (FPA).
Embora as identidades e os números dos detidos não tenham sido anunciados oficialmente, a imprensa local informa que são oito, incluindo a esposa de "Fito" Macias, Inda Mariela Peñarrieta Tuarez, e três de seus filhos, Michelle, de 21 anos, Ilse María, de 12, e Lian Sejam, de quatro.
Os demais detidos, de acordo com o jornal La Nación, são uma empregada doméstica, Denny Yadira Laines Basurto, Javier Macías Alcivar, um sobrinho do capo, e Ángel Zambrano Chiquito, amigo da família.
Os detidos foram levados da casa em Malagueño para a Diretoria Provincial de Aeronáutica, de onde embarcaram em um avião para Buenos Aires para serem deportados para o Equador.
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, deve conceder uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (19) para informar sobre a megaoperação que resultou em uma investigação que começou há quatro dias.
O jornal La Nación destacou que, depois que foi confirmado que as pessoas que moravam no exclusivo bairro de Valle del Golf eram parentes do equatoriano foragido da justiça, a Direção Nacional de Migração (DNM) interveio no caso e decidiu expulsar do país a esposa e os filhos de Fito Macías.
Fito Macías é o líder de Los Choneros, um dos grupos criminosos armados que o governo equatoriano considera responsável pela onda de violência que coloca o país em xeque e na qual se inscreve o assassinato do promotor César Suárez na quarta-feira (17), em Guayaquil.
Condenado em 2011 a 34 anos de prisão por tráfico de drogas, crime organizado e assassinato, Macias, acusado de ter vínculos com o cartel mexicano de Sinaloa, realizou várias fugas, a última delas no dia 7 de janeiro, quando teve início uma escalada de violência que levou o governo equatoriano a declarar estado de emergência e a existência de um conflito armado interno.
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