O policial que matou o jovem negro Rayshard Brooks no estacionamento de um restaurante em Atlanta (Georgia, EUA), na sexta-feira (12), pode ser acusado de homicídio doloso, informou o promotor do condado de Fulton, onde o incidente ocorreu. Paul Howard disse à CNN que Brooks "não parecia representar qualquer ameaça a alguém" e que as acusações contra o policial que o abordou devem ser apresentadas nesta quarta-feira. Uma acusação por homicídio culposo também está sendo avaliada.
A autópsia revelou que Brooks, 27, levou dois tiros nas costas e morreu por causa da perda de sangue. O Departamento de Polícia de Atlanta divulgou as imagens das câmeras portáteis dos policiais que abordaram Brooks. O vídeo mostra os oficiais Garrett Rolfe e Devin Brosnan conversando com Brooks por quase 30 minutos. Ambos suspeitavam que ele estivesse embrigado, depois de encontrá-lo dormindo ao volante de seu carro na fila de um drive-thru de um restaurante Wendy – motivo pelo qual a polícia foi chamada ao local.
Um teste do bafômetro indicou teor alcoólico acima do limite para dirigir. Quando os policiais decidem algemá-lo, Brooks resiste, entra em luta corporal com os policiais, que o avisam que se ele continuar a resistir receberá um choque com a arma de taser. Imagens de vigilância do estacionamento mostram Brooks pegando a arma de choque de um dos policiais. Ao fugir, ele aponta o objeto para um dos policiais e momentos depois Rolfe dispara três tiros com sua arma de fogo. Dois acertam Brooks, que foi levado a um hospital, mas não resistiu.
O vídeo abaixo, que mostra o incidente, contém imagens fortes.
O Bureau de Investigação da Georgia está analisando o caso. Rolfe foi demitido e Brosnan foi colocado em serviço administrativo. A chefe do Departamento de Polícia de Atlanta, Erika Shields, pediu demissão após o incidente. O restaurante Wendy foi incendiado por manifestantes antirracismo.
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