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Washington – A política do presidente George W. Bush no Iraque "não está funcionando", indicou ontem uma comissão de alto nível em um relatório que pediu um imediato esforço diplomático para tentar estabilizar o país e permitir a retirada da maior parte das forças de combate americanas até o início de 2008.

O Grupo de Estudo para o Iraque também pediu a Washington que reduza seu apoio político, militar e econômico se o governo iraquiano fracassar em ampliar a segurança e obter a reconciliação no país, onde, após mais de três anos e meio de guerra, a violência sectária mata dezenas de pessoas diariamente.

O influente grupo bipartidário apresentou uma pessimista avaliação da situação no Iraque e traçou um quadro de violência desenfreada, com distúrbios se espalhando a toda a região se os EUA fracassarem em estabilizar o país.

Entre as recomendações, o grupo pede à Casa Branca que, em meio à ofensiva diplomática que deve ser lançada antes do fim do ano, abandone sua resistência em dialogar diretamente com o Irã e a Síria – acusados por funcionários americanos de incentivar a insurgência iraquiana. Também pede a Bush que reviva os esforços para obter uma "ampla paz árabe-israelense". Segundo o estudo, os EUA não podem alcançar seus objetivos no Oriente Médio se não se ocuparem diretamente do conflito palestino-israelense e da instabilidade regional.

O presidente Bush disse que analisará o relatório "muito seriamente" após reunir-se com o grupo, mas a Casa Branca já deixou claro que ele não ficará atrelado a suas idéias e iniciou sua própria revisão da política iraquiana.

"A situação no Iraque é grave e está se deteriorando", disse o grupo, formado por cinco republicanos e cinco democratas, sobre a guerra, na qual mais de 2.900 soldados americanos morreram. "Não há uma fórmula mágica para resolver os problemas."

O grupo foi coordenado pelo ex-secretário de Estado, James Baker, e pelo ex-congressista democrata, Lee Hamilton. "Não recomendamos a solução de manter o curso. Na nossa opinião, essa política não é mais viável", disse Baker.

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