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A Polônia abriu nesta sexta-feira os arquivos secretos do extinto Pacto de Varsóvia, que confirmam que a aliança liderada pela União Soviética estava disposta a aceitar a aniquilação da Europa com armas nucleares como parte de uma guerra contra a Otan, a Aliança Militar do Atlântico Norte - dos EUA e seus aliados.

- Estes documentos são cruciais para educar o público sobre como a Polônia foi mantida como um aliado da União Soviética durante a Guerra Fria a contragosto - disse o ministro da Defesa, Radoslaw Sikorski, em entrevista coletiva.

Ele anunciou a entrega de cerca de 700 documentos, até agora mantidos sob sigilo, ao Instituto da Memória Nacional, onde serão estudados por historiadores.

Um mapa num dos documentos mostra o movimento de tropas soviéticas e de outros países do bloco e os alvos de ataques nucleares durante uma possível guerra entre os países comunistas e a Otan.

- Isso mostra um clássico exercício do Pacto de Varsóvia, especificamente um contra-ataque, já que as "forças do progresso" nunca atacariam antes, o que envolveria ir até o Atlântico. Inclui pontos esperados de impacto de armas nucleares, tanto soviéticas quanto da Otan - disse Sikorski. - Ver este mapa foi uma experiência comovente e devastadora, mostra que estavam nos pedindo para participar de uma operação que poderia resultar na aniquilação nuclear do nosso país.

O governo conservador, que derrotou os ex-comunistas nas eleições gerais de setembro, prometeu abrir os arquivos da era comunista para revelar toda a verdade sobre o regime imposto por Moscou ao final da Segunda Guerra Mundial. O regime comunista no Leste Europeu durou até 1989. O Pacto de Varsóvia foi extinto, e logo em seguida ocorreu a dissolução da União Soviética.

A Polônia e outros países que foram comunistas aderiram à Otan em 1999. Oito deles entraram para a União Européia em 2004.

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