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Presidente dos EUA, Donald Trump, ganhou apoio no início da pandemia, mas viu popularidade cair logo em seguida
Presidente dos EUA, Donald Trump, ganhou apoio no início da pandemia, mas viu popularidade cair logo em seguida| Foto: Nicholas Kamm / AFP

A pandemia de Covid-19 tem sido o alvo principal das políticas públicas de governos em todos os cantos do mundo nos últimos três meses. A maneira como presidentes e primeiros-ministros responderam à mais grave crise sanitária em um século determinou como as populações passaram a olhar para seus líderes. Alguns se saíram bem e viram sua popularidade aumentar, enquanto outros tiveram um desempenho inferior ao que era esperado deles. Veja a seguir como ficou a aprovação de onze líderes mundiais após os primeiros meses de pandemia.

Fortalecidos

Angela Merkel - Alemanha

  Chanceler Angela Merkel | FOTO: Markus Schreiber / POOL / AFP
Chanceler Angela Merkel | FOTO: Markus Schreiber / POOL / AFP| AFP

A chanceler Angela Merkel é uma das líderes da Europa que melhor se saiu durante a pandemia de Covid-19. O governo da Alemanha instituiu uma quarentena de seis semanas - menos rígida do que os vizinhos - e passou a adotar um sistema de rastreamento de casos para conter a propagação do novo coronavírus. Como resultado, a Alemanha registrou uma taxa de mortes por milhão de habitantes de 104, bem menor do que a de França, Espanha, Itália e Reino Unido.

A liderança de Merkel tem sido apontada como um fator importante na condução da crise. Sua popularidade subiu para quase 80%, uma melhora que também foi sentida pelo partido da chanceler, a União Democrata Cristã (CDU), que passou a ter aprovação de 38% da população, ante os 27% registrados antes da pandemia, segundo pesquisa de opinião do site Politico. A CDU vinha de uma crise que ameaçava sua permanência no poder. Mais recentemente, a indicada para assumir o lugar de Merkel na liderança do partido, Annegret Kramp-Karrenbauer, desistiu de se candidatar ao cargo devido a problemas internos da coalizão de governo.

Moon Jae-in - Coreia do Sul

 Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in | FOTO: Lee Jin-man / POOL / AFP
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in | FOTO: Lee Jin-man / POOL / AFP| AFP

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in viu sua popularidade passar de 47% em janeiro para 71% no início de maio, segundo a Gallup Korea, uma demonstração de confiança da população nas ações do governo durante a pandemia. A Coreia do Sul conseguiu reduzir drasticamente os casos de Covid-19, apesar da proximidade com a China, usando tecnologia no processo para rastrear pessoas que pudessem ter tido contato com um infectado pelo coronavírus.

Os 71% alcançados em maio foram o melhor índice de aprovação de Moon desde julho de 2018. Também contribuíram para a vitória governista esmagadora nas eleições parlamentares de abril, sinalizando a governantes de todo o mundo que uma resposta contundente à pandemia pode significar votos.

Contudo, ao passo que a pandemia deixou de ser uma grande preocupação da Coreia do Sul, Moon não conseguiu manter o nível de popularidade. A aprovação, segundo a Gallup, está em torno de 62% na primeira semana de junho. Também pode ter prejudicado negativamente a imagem do governo um escândalo envolvendo uma deputada da coalizão governista, que foi acusada de usar indevidamente fundos arrecadados para as vítimas de escravidão sexual do período em que o Japão ocupou a Península Coreana.

Alberto Fernández - Argentina

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Presidente argentino, Alberto Fernandez| Divulgação/Presidência Argentina/AFP

A decisão de adotar uma quarentena nacional logo no início da pandemia rendeu ao presidente argentino, Alberto Fernández, um grande apoio. Enquanto o vizinho Brasil via os números de casos e mortes por coronavírus crescerem exponencialmente, a Argentina manteve uma baixa taxa de transmissão ao adotar regras rígidas de circulação em quase todo o território, especialmente em grandes cidades.

O contraste dos números elevou a popularidade de Fernández, inclusive entre a oposição. A desaprovação entre os eleitores de Juntos por El Cambio, partido do ex-presidente Maurício Macri, foi de apenas 18% em abril, segundo a consultoria Poliarquía. Naquele mês, a empresa Trespuntozero mostrava Fernández com uma popularidade de 68,5% e outras consultorias também identificaram abril como o melhor mês para o presidente, mesmo apresentando números bastantes variados. No fim do ano passado, a aprovação de Fernández estava em torno de 56%.

Isso é explicado pelo fato de a Argentina ser um dos países com os mais altos níveis de preocupação com o coronavírus. “Isso se traduziu em amplo apoio ao governo. Mas agora esses níveis estão caindo devido ao cansaço e saciedade”, disse o presidente da consultoria argentina Poliarquía, Alejandro Catterberg.

De fato, o apoio à Fernández começou a se desfazer, enquanto a pressão econômica aumenta após 12 semanas de quarentena. Apoiadores da oposição estão mais impacientes pelo tempo de confinamento e os impactos que isso terá na economia, que deve entrar em recessão pelo terceiro ano consecutivo. A rejeição entre esse público à resposta do governo passou de 18% para 40% em maio. Catterberg também citou recentemente que há um declínio de apoio mais forte nos setores da classe média alta, mais lento nos setores da classe baixa, mas o apoio permanece o mesmo entre a classe média.

Além disso, a flexibilização de algumas medidas contra a Covid-19 fez o número de casos aumentar muito nos últimos dias e Fernández chegou a mencionar a possibilidade de voltar a adotar uma quarentena mais rígida, interrompendo os planos de retomada da atividade econômica. A hipótese foi descartada pelos infectologistas que assessoram o governo, mas o cenário não se mostra tão favorável ao presidente argentino quanto no começo da pandemia e muitos analistas apontam que a polarização entre esquerda e direita no país deve se aprofundar a partir de agora.

Iván Duque - Colômbia

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Iván Duque, presidente da Colômbia.| Juan BARRETO / AFP

Na Colômbia, o presidente Iván Duque também conseguiu aumentar a sua popularidade durante a pandemia. Algumas pesquisas indicavam que a aprovação de seu governo era de menos de 30% no fim do ano passado, mas a maneira como o governo lidou com a crise de Covid-19 rendeu popularidade ao presidente.

Uma pesquisa bimestral da Gallup, publicada no fim de abril, mostrava que Duque havia passado de 23% de popularidade em fevereiro para 52% em abril - o nível mais alto desde o início de sua presidência. Outra pesquisa, de maio, da CNC, mostra que 62% dos colombianos têm uma imagem positiva de Duque - número que está em linha com o percentual de aprovação sobre a resposta do governo à pandemia: 69%.

Assim como a Argentina, a Colômbia vive em quarentena desde março. Algumas regras vêm sendo flexibilizadas, mas o confinamento deve durar até o fim de junho. Os idosos devem ficar em isolamento até 31 de agosto. Para mitigar os impactos econômicos, o governo prometeu bilhões em auxílios e garantia de crédito para programas sociais e empresas.

Scott Morrison - Austrália

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O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison | Gary Ramage/POOL/AFP

A maneira como o governo da Austrália está lidando com a crise do novo coronavírus rendeu um salto na popularidade ao primeiro-ministro, Scott Morrison. Ele vinha com uma aprovação pessoal muito baixa em janeiro e fevereiro, quando o país enfrentou enormes incêndios florestais e o governo foi bastante criticado pela lentidão de resposta. Mas adotando uma postura diferente na pandemia de Covid-19, Morrison viu sua popularidade saltar de 32% em janeiro para 65% em junho, segundo pesquisa do Guardian Essential.

A aprovação dele melhorou também em comparação ao período anterior aos incêndios: em outubro de 2019, ele tinha apoio de 51% dos australianos.

Segundo o Guardian, as pesquisas realizadas durante a pandemia sugerem que os australianos recuperaram a confiança na política e nas instituições “por causa da administração competente da pandemia” em todos os estados e territórios. O impacto da crise sobre a economia também não foi tão ruim quanto o esperado, apesar de ter entrado em recessão. A Austrália conseguiu achatar a curva de casos de coronavírus já no início de maio, quando começou uma lenta reabertura da economia.

Emmanuel Macron - França

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Presidente francês, Emmanuel Macron| Francois Mori / POOL / AFP

O presidente da França, Emmanuel Macron, também teve seus altos e baixos durante a pandemia de Covid-19, mas a popularidade dele aumentou quando comparada ao período pré-pandemia.

Em março, quando declarou quarentena nacional, Macron viu a aprovação de seu governo subir para algo entre 44% e 46%, segundo os institutos de pesquisa Ipsos e Ifop - uma cifra que o líder do En Marche! não via desde o primeiro ano de mandato. Segundo o YouGov, a resposta do governo francês à pandemia chegou a ser aprovada por 50% da população nessa época. Historicamente, os franceses não costumam avaliar bem os seus governos, por isso uma popularidade acima de 40% é algo considerável.

Os números, porém, voltaram a baixar nos dois meses seguintes, ficando em torno de 38% a 40% nas pesquisas realizadas na primeira semana de junho. Ainda assim, a popularidade de Macron está melhor agora do que no período pré-pandemia. Em janeiro ele estava com aprovação perto de 30%. Embora tenha trazido enormes desafios, a pandemia de coronavírus tirou a atenção de assuntos bastante espinhosos para Macron, como a reforma da previdência.

Enfraquecidos

Donald Trump - Estados Unidos

Presidente dos EUA, Donald Trump
Presidente dos EUA, Donald Trump| Nicholas Kamm / AFP

A popularidade do presidente Donald Trump melhorou durante os primeiros meses de pandemia, mas o descontentamento dos americanos com o governo foi aumentando na medida em que os casos de Covid-19 chegaram ao pico e a economia passou a sentir os efeitos da crise, com milhões de pessoas ficando desempregadas.

As pesquisas variam amplamente. O instituto Gallup, por exemplo, mostra que a aprovação de Trump se manteve em torno de 49% de março a maio, o melhor índice que Trump já conseguiu em seu governo, segundo o instituto. Porém, o site Real Clear Politics, que faz uma média das pesquisas de opinião sobre Trump, aponta que o melhor momento do presidente, desde o início do seu governo em 2017, foi no fim de março, quando a aprovação foi de 47,3%, e que, depois disso, a imagem do republicano começou a piorar. Pesquisas de opinião específicas sobre a resposta do governo americano à pandemia mostram a mesma tendência: aprovação da maioria no início da crise, mas queda constante desde o início de abril, quando os Estados Unidos começaram a registrar mais de mil mortes por Covid-19 diariamente. Atualmente, segundo o Real Clear Politics, a resposta da Casa Branca à pandemia tem aprovação de apenas 43% dos americanos.

Mas a pandemia de Covid-19 não teve um efeito tão drástico sobre a popularidade de Trump quanto à forma como o presidente lidou com os protestos antirracismo nos EUA. Aparentemente, a população não gostou da estratégia de “lei e ordem” usada pelo republicano, que prometeu enviar o exército para acabar com os tumultos desencadeados pelos protestos contra a morte de George Floyd. A maneira agressiva como os militares afastaram manifestantes pacíficos dos arredores da Casa Branca, para que Trump pudesse fazer uma foto com um bíblia na mão em uma histórica igreja que havia sido atacada por manifestantes, parece ter tido um grande impacto negativo em sua popularidade. Segundo o instituto Gallup, a aprovação de Trump chegou a 39% na primeira pesquisa após os protestos - 10 pontos percentuais a menos do que na pesquisa anterior realizada pela empresa. A média de aprovação calculada pelo Real Clear Politics ficou em 42%.

Boris Johnson- Reino Unido

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson | FOTO: Andrew PARSONS/10 Downing Street/AFP
Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson | FOTO: Andrew PARSONS/10 Downing Street/AFP | AFP

No Reino Unido, a popularidade do primeiro-ministro Boris Johnson ia de vento em popa nos primeiros meses da pandemia, apesar de o governo ter mudado de estratégia no meio do caminho para adotar medidas mais rígidas de controle à propagação do novo coronavírus. Mas a boa onda não resistiu a um contratempo político no número 10 da Downing Street.

No fim de maio, a popularidade de Johnson caiu 20 pontos percentuais depois que ele resolveu apoiar Dominic Cummings, um de seus assessores mais próximos, que furou a quarentena enquanto o governo do Reino Unido orientava os seus cidadãos a ficar em casa. Cummings dirigiu cerca de 400 quilômetros de Londres a Durham, nordeste da Inglaterra, para ficar isolado com os filhos na casa de seus pais, depois que a esposa dele apresentou sintomas de Covid-19. A população pressionou pela demissão de Cummings, mas Johnson manteve-se ao lado do assessor, fazendo despencar a sua popularidade. A rejeição também aumentou conforme o número de mortos pela Covid-19 crescia.

De acordo com o instituto de pesquisa YouGov, a resposta do governo britânico à pandemia, no fim de março, tinha 72% de apoio. Dois meses depois, a aprovação caiu para 41%. O número de mortos pela Covid-19 nesse período passou de 1.200 para mais de 40 mil, colocando o Reino Unido como o segundo país do mundo com mais mortes pela doença. A YouGov também mostrou em uma pesquisa da semana passada que a maioria dos britânicos acredita que outros países europeus lidaram melhor com a crise sanitária do que o Reino Unido. No fim das contas, Johnson entrou em junho com uma aprovação 5 pontos percentuais menor do que em fevereiro, antes da crise do coronavírus.

Shinzo Abe - Japão

 Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe | FOTO: JIJI PRESS/AFP
Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe | FOTO: JIJI PRESS/AFP| JIJI PRESS / AFP

O governo japonês já não estava sendo visto com bons olhos pela população no início de 2020 e a situação piorou durante a pandemia, ou ao menos permaneceu a mesma. Quando 2020 começou, o primeiro-ministro Shinzo Abe estava sendo pressionado por mais transparência na forma como escolhia os convidados para a festa anual das flores de cerejeiras, financiada com dinheiro do contribuinte e que a cada ano da gestão Abe ficava mais cara aos cofres públicos. Em janeiro, segundo a Jiji Press, o apoio ao governo estava em 40%.

A pandemia trouxe mais problemas para a popularidade do primeiro-ministro. Segundo a YouGov, a aprovação às políticas do governo para a Covid-19 nunca passou de 46%. A pesquisa mais recente, do começo de maio, mostra 41% de apoio à resposta de Abe para conter a crise de saúde, que matou 922 pessoas no Japão. Para muitos japoneses, Abe demorou para agir ao declarar emergência apenas em meados de abril.

A aprovação do governo também se manteve em torno de 40% e no início de junho baixou para 38%, segundo a Jiji Press. Algumas pesquisas de opinião mostram números ainda mais baixos, que chegam a menos de 30%. Além das críticas ao tratamento dado por Abe ao surto de coronavírus, o primeiro-ministro japonês está envolvido em um novo escândalo de favoritismo, no qual Abe estaria tentando mudar regras de aposentadoria dos membros do Ministério Público para tentar, segundo seus críticos, manter aliados em cargos de poder.

Vladimir Putin - Rússia

Presidente russo, Vladimir Putin | FOTO: Mikhail Klimentyev/SPUTNIK/AFP
Presidente russo, Vladimir Putin | FOTO: Mikhail Klimentyev/SPUTNIK/AFP| AFP

A pandemia de coronavírus teve um efeito bastante negativo na percepção dos russos sobre o presidente Vladimir Putin. O “homem forte” da Rússia viu sua aprovação cair a 59% no fim de abril, o pior índice que ele registrou desde que se tornou presidente da Rússia, em 2000. Os dados são do instituto de pesquisa independente Levada Center. Em fevereiro, portanto antes da pandemia, a popularidade de Putin estava em 69%.

A população está dividida quanto à maneira como ele está lidando com a crise de coronavírus, com 48% acreditando que as medidas adotadas são insuficientes ou excessivas e 46% defendendo que o governo central está tomando as medidas necessárias.

O presidente recebeu críticas por, ironicamente, ter descentralizado a resposta do governo à pandemia. Seu autoisolamento foi visto não como um comportamento responsável, mas como um autoisolamento político da sociedade. Putin se afastou da liderança porque não queria estar atrelado às notícias ruins que vieram com a crise sanitária: fechamento de comércios, mortes, falta de leitos em hospitais, o declínio acentuado da economia, bem como das receitas estatais devido ao baixo preço do petróleo. Mas esse isolamento não funcionou justamente por causa do modelo personalista de governo na Rússia.

Putin também perdeu apoio entre os empresários e a classe trabalhadora, que não puderam abrir suas lojas ou sair para trabalhar durante o período de lockdown e ao mesmo tempo não puderam contar com o apoio financeiro do governo, como ocorreu em outros países, como nos Estados Unidos.

Jair Bolsonaro - Brasil

Presidente da República, Jair Bolsonaro
Presidente da República, Jair Bolsonaro| Alan Santos/PR

A despeito de opiniões contrárias e a favor das ações do presidente, o Brasil já é o segundo país com mais mortes por coronavírus. Além disso, pesquisas mostram que a popularidade do presidente brasileiro vem caindo.

O último levantamento divulgado pelo Datafolha, dia 28 de maio, mostra que 43% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo - maior índice de reprovação desde o início do mandato. Em abril de 2019, 30% tinham essa impressão.

Por outro lado, o índice de eleitores que consideram o governo ótimo ou bom é de 33% - faixa estável desde 2019.

Quanto à economia, segundo levantamento divulgado no fim de maio pelo mesmo instituto de pesquisas, 68% dos entrevistados acreditavam que a pandemia do novo coronavírus vai afetar a economia por muito tempo, enquanto 27% dizem que durará pouco tempo. Em avaliação anterior, a crença de impacto de longo prazo era de 50%.

O presidente Jair Bolsonaro também vem enfrentando crises internas. Por divergências com a condução do Ministério da Saúde, dois ministros já saíram do cargo durante a pandemia: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Ademais, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores e prefeitos foram autorizados a decretarem suas próprias medidas de isolamento social, além de definirem por conta própria quais seriam os serviços essenciais. A decisão é encarada por muitos como uma derrota do presidente.

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