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Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e o Japão não conseguiram nesta terça-feira (9) chegar a um acordo em relação a uma nova resolução que amplie as sanções contra a Coreia do Norte em função de seu programa de armas nucleares.

"Queremos continuar em negociações intensas e produtivas", disse a embaixadora dos Estados Unidos à Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice. "Estamos avançando, mas ainda não temos um acordo."

Vários diplomatas próximos das conversações entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, o Japão e a Coreia do Sul, que não faz parte do Conselho, desmentiram a notícia de que os sete países teriam chegado a um acordo sobre o texto de uma resolução sobre as sanções.

Os EUA e o Japão defendem sanções fortes para punir a Coreia do Norte pelo teste nuclear de maio, mas China e Rússia hesitam em provocar Pyongyang com a imposição de mais sanções.

"Temos os elementos de um acordo, mas uma delegação precisa receber o feedback de sua capital", disse à Reuters um diplomata próximo às conversações.

Dois diplomatas de alguns dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança disseram acreditar que EUA e China concordaram nas últimas 24 horas em relação ao texto da resolução redigido pelos EUA, mas que a Rússia levantara novas preocupações.

O embaixador do Japão, Yukio Takasu, disse que os sete países "concordamos em continuar nossas consultas sobre o texto de uma resolução sobre a Coreia do Norte."

Os diplomatas, que exigiram anonimato, disseram que uma reunião dos cinco membros permanentes do Conselho - Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos -, juntamente com Japão e Coreia do Sul, que aconteceu na ONU na manhã da terça-feira, terminou sem que a preocupação da Rússia fosse resolvida.

Não está claro quando os sete países - descritos como o P5+2 - vão se reunir novamente. Se os cinco membros com direito de veto acordarem um texto na terça-feira, a resolução pode ser submetida ao voto do Conselho de Segurança inteiro, com 15 membros, já na quinta-feira.

Vários diplomatas disseram que as versões recentes do texto da resolução prevêem um endurecimento moderado das sanções anteriores.

O texto provisório original circulado entre alguns membros do Conselho no final de maio condena fortemente o teste nuclear norte-coreano e pede que os membros da ONU comecem a aplicar sanções previamente aprovadas contra Pyongyang.

O texto deixava em branco uma seção sobre possíveis novas sanções, que vêm sendo objeto de discussões intensas na ONU nos últimos dez dias. Versões provisórias posteriores incluíam a exigência de que os Estados membros da ONU inspecionassem cargas aéreas e marítimas norte-coreanas suspeitas, mas a China se opôs às medidas.

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