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O Partido Trabalhista australiano apresenta ligeira vantagem em duas pesquisas de intenção de voto divulgadas na segunda-feira, o que reforça as especulações de que a primeira-ministra Julia Gillard poderá convocar eleições ainda nesta semana.

Nas pesquisas divulgadas pelos jornais Fairfax e News Ltd, os trabalhistas aparecem com 52% dos votos, contra 48 da oposição conservadora.

Gillard, 48 anos, é a primeira mulher a ocupar o posto de premiê da Austrália. Ela assumiu o cargo em 24 de junho, no lugar de Kevin Rudd, o que ajudou o Partido Trabalhista a recuperar seu prestígio junto ao eleitorado.

As especulações de que ela convocará uma eleição cresceram desde que o governador-geral Quentin Bryce adiou de sexta-feira para sábado uma viagem à Europa. Isso poderia ser um sinal de que Gillard, representante da rainha Elizabeth II no país, poderia pedir formalmente a Bryce para dissolver o Parlamento.

Questionada por jornalistas, Gillard não se manifestou, mas declarou num discurso que "nos próximos dias apresentaremos argumentos mais detalhados sobre alguns dos maiores desafios que a nossa nação enfrenta".

"Explicarei os passos que acho que precisamos tomar e pedirei a consideração das pessoas por esses passos. Pedirei a confiança do povo australiano para levar a Austrália adiante."

Analistas dizem que o discurso sinaliza a convocação de eleições na quinta ou sexta-feira desta semana, possivelmente para o final de agosto. Mas eles alertam também que não há certeza da vitória trabalhista.

"A chegada de Julia Gillard à liderança do Partido Trabalhista parece ter parado a decadência do partido", escreveu o editor nacional do jornal The Age, Tony Wright.

"Ela parou o apodrecimento de Rudd, embora não tenha conseguido fazer qualquer avanço sério contra a perda de (eleitores) frustrados do Partido Trabalhista para os Verdes", acrescentou.

Os trabalhistas chegaram ao governo em 2007, com promessas de combate ao aquecimento global. A falta de avanços nesse campo no mandato de Rudd levou alguns eleitores do Partido Verde a abandoná-lo. O trabalhismo precisa reconquistar esse contingente para bater a oposição do Partido Liberal-Nacional.

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