O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, decidiu cancelar sua agenda pública após a divulgação de denúncias contra sua esposa, Begoña Gómez, e disse que irá refletir se apresentará um pedido de renúncia. Ele prometeu anunciar sua decisão no dia 29 de abril.
“Preciso urgentemente responder à questão de saber se vale a pena, apesar da lama em que a direita e a extrema direita tentam transformar a política. Se devo continuar à frente do governo ou abrir mão desta grande honra”, disse Sánchez, em carta publicada no X nesta quarta-feira (24).
O presidente de esquerda alegou que, “apesar da caricatura que a direita e a extrema direita na política e na mídia tentaram fazer de mim”, ele “não tem nenhum apego ao cargo”.
“Sim, estou comprometido com o dever, o compromisso político e o serviço público”, afirmou Sánchez, que classificou as denúncias contra Begoña Gómez como um ataque “sem precedentes”.
Segundo informações da RTVE, o Tribunal de Instrução Número 41 de Madri abriu no último dia 16 um processo de investigação contra Begoña, por suspeita de crimes de tráfico de influência e corrupção empresarial, após uma denúncia da organização conservadora Mãos Limpas.
A Mãos Limpas afirmou que, “aproveitando-se” da sua relação com Sánchez, a esposa do presidente teria recomendado ou endossado, “por meio de carta de recomendação com a sua assinatura, empresários que concorreram em licitações”.
De acordo com a RTVE, a denúncia aponta que um desses empresários, que venceu licitações que somam 10 milhões de euros, organizou posteriormente um curso de mestrado coordenado por Begoña Gómez.
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