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Canhão de 155 mm, da artilharia israelense, abre fogo a partir de uma base no sul do país. Segundo o primeiro-ministro de Israel, objetivo é acabar com os túneis dos militantes palestinos | Jim Hollander/Efe
Canhão de 155 mm, da artilharia israelense, abre fogo a partir de uma base no sul do país. Segundo o primeiro-ministro de Israel, objetivo é acabar com os túneis dos militantes palestinos| Foto: Jim Hollander/Efe

Perfis

O Exército de Israel encontrou ontem os corpos dos três adolescentes israelenses mortos no início do mês.

• Sumiço

Eles foram sequestrados no dia 12 de junho na Cisjordânia. Um porta-voz das Forças Armadas afirmou que os cadáveres foram achados em uma vala na cidade de Halhul, ao norte de Hebron.

• Acusação

Eles pediam uma carona para voltar para casa depois de terem passado o dia estudando em um seminário rabínico. Israel acusou o Hamas pelas mortes.

• Naftali Fraenkel

De 16 anos, era israelense e americano. Cidadão da comunidade israelita de Nof Ayalon, seus avós se mudaram para Israel vindos do Brooklyn, em Nova York, em 1956. Em um discurso em frente ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 24 de junho, sua mãe, Rachelle, fez um apelo para que o mundo ajudasse a encontrar os meninos.

• Gilad Shaar

De 16 anos, era um jovem do assentamento de Talmon, na Cisjordânia. Israelense, segundo sua família, era um confeiteiro amador e que gostava de assistir a filmes. Ele era voluntário em um movimento de jovens. Segundo um dos seus amigos, ele era um rapaz preocupado com a família, cuidava dos avôs e irmãos.

• Eyal Yifrah

De 19 anos, era da cidade de Elad. Adorava esportes e cozinhar. Em dois vídeos no YouTube, compartilhados pela família, Eyal pode ser visto cantando uma música feita por ele no casamento do primo, e também cantando com um amigo apenas uma semana antes do sequestro.

Fonte: Agência O Globo

Com uma expressão sombria, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou ontem que a guerra na Faixa de Gaza será prolongada, encerrando qualquer esperança de um fim rápido do conflito que já dura três semanas, enquanto combatentes palestinos lançaram um ataque audacioso na fronteira.

O Exército israelense disse que cinco de seus soldados morreram em dois incidentes separados, incluindo quatro em um ataque com morteiros. "Tem sido um dia difícil, doloroso", disse Netanyahu em um discurso televisionado à nação.

"Precisamos estar preparados para uma campanha prolongada. Vamos continuar a agir com força e discrição até que nossa missão seja cumprida", afirmou o premiê, acrescentando que as tropas israelenses não deixarão Gaza até que consigam destruir uma rede de túneis do Hamas.

Combatentes palestinos vindos da Faixa de Gaza se infiltraram ontem em um vilarejo israelense e travaram uma batalha com soldados, desmoronando uma trégua durante o feriado muçulmano do Eid al-Fitr.

Segundo a televisão israelense, o confronto resultou na morte de cinco militantes, mas o movimento islâmico Hamas diz ter causado a morte de 10 soldados de Israel.

Depois da infiltração em Nahal Oz, numa vila formada por um kibutz, a leste da Cidade de Gaza, o Exército israelense emitiu um alerta para que milhares de palestinos abandonem suas casas no entorno da Cidade de Gaza. Esse tipo de aviso normalmente precede ataques retaliatórios.

Ao cair da noite em Gaza, fachos de luz do Exército iluminaram o céu, e o som de intenso bombardeio podia ser ouvido.

O incidente não foi a única brecha na frágil trégua. Oito crianças palestinas e dois adultos foram mortos em uma explosão num jardim ao norte da Faixa de Gaza.

Moradores culparam os bombardeios de Israel pela explosão no parque, na qual também ficaram feridos 40 pessoas, mas o governo israelense disse que se tratou de um foguete lançado pelo Hamas que errou o alvo e atingiu o jardim num campo de refugiados.

Poças de sangue se espalhavam no jardim do campo de refugiados, depois de uma das explosões. "Nós saíamos da mesquita quando vimos as crianças brincando com seus brinquedos. Segundos depois, o foguete caiu", disse Munther Al-Derbi, morador do campo. "Que Deus puna... Netanyahu", disse.

Fifa

A imprensa marroquina divulgou ontem que a Fifa enviou uma mensagem ao Raja Casablanca, atual vice-campeão mundial de clubes, alertando-o sobre as consequências de se usar camisas com mensagens de cunho político ou religioso. Os jogadores do Raja planejavam entrar em campo no amistoso contra o Espanyol, no último sábado, exibindo uma frase de apoio à população da Faixa de Gaza, alvo de uma ofensiva de Israel iniciada há 20 dias.

Elogio

O líder do movimento islâmico Hamas, Khaled Meshal, rompeu o silêncio sobre o desaparecimento de três adolescentes israelenses na Cisjordânia. Meshal rebateu as acusações de Israel de que o grupo seria responsável pelo sequestro e disse não ter informações sobre os jovens, mas elogiou o possível rapto. "Se for confirmado que uma facção palestina é responsável pela ação, devemos aplaudir e tirar o chapéu para ela", disse à Al Jazeera.

Roma

As ruas principais de Roma amanheceram ontem com vários cartazes e pichações com palavras antissemitas, suásticas e cruzes celtas e também nas vitrines de alguns negócios administrados por famílias judias. Os cerca de 70 cartazes apareceram em muros de bairros centrais como Prati, no limite da Cidade do Vaticano, e San Giovanni in Laterano, vizinha à homônima catedral de Roma.

Pedido

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, renovou ontem o pedido de um cessar-fogo em Gaza e denunciou a devastação causada pela intervenção militar de Israel na Faixa, onde disse estar uma situação "crítica". "As pessoas de Gaza não tem para onde fugir. Estão presas e sitiadas", disse Ban na sede das Nações Unidas, após retornar de uma longa viagem pelo Oriente Médio.

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