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As diversas facções libanesas vão "todas se afogar" juntas se deixarem que o conflito da Síria cruze a fronteira, alertou o primeiro-ministro do Líbano, pedindo aos diferentes grupos que resistam à tentação de se beneficiar partidariamente da violência no país vizinho.

O premiê Najib Mikati admitiu em entrevista à Reuters na noite de terça-feira (4) que os libaneses estão profundamente divididos com relação à rebelião contra o presidente da Síria, Bashar al Assad, que assume cada vez mais características sectárias, dividindo o Oriente Médio e as potências mundiais. "Se a crise chegar ao Líbano, haverá perigo para todos os libaneses", alertou.

"Ninguém deve pensar que irá se beneficiar e que o outro partido estará em perigo. Estamos todos no mesmo barco, e se ele fizer água nesta tempestade feroz que varre a região vamos todos nos afogar", acrescentou Mikati, um político moderado que mantém boas relações tanto com a Síria quanto com potências inimigas de Assad, como Arábia Saudita e governos ocidentais.

Ele tem tentando isolar seu país do conflito na Síria, vizinho maior e dominante. Mas essa tarefa é quase impossível por causa das relações históricas entre os dois países e das próprias divisões sectárias do Líbano. Na terça-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que "a região inteira está sendo tragada pela complexa dinâmica do conflito" sírio.

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