Presidenciáveis republicanos apóiam guerra do Iraque em debate

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Candidatos republicanos à Casa Branca ofereceram um forte apoio à missão militar norte-americana no Iraque, mas demonstraram mal estar com relação ao gerenciamento da guerra pelo governo Bush durante debate realizado na quinta-feira.

O debate, que ocorreu na biblioteca do ex-presidente republicano Ronald Reagan, produziu poucos confrontos diretos ou momentos memoráveis, mas expôs diferenças entre os dez candidatos em questões sociais como o aborto.

A maioria dos concorrentes a 2008 conclamou a vitória no Iraque uma semana depois de candidatos democratas terem exigido um rápido fim à guerra durante um debate semelhante.

"Nós devemos vencer no Iraque. Se nós nos retirarmos, haverá o caos, haverá genocídio", disse o senador pelo Estado do Arizona John McCain, que apóia o plano do presidente George W. Bush de aumentar o número de soldados no país islâmico.

Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e líder entre os republicanos nas pesquisas de opinião, disse: "Nós não devemos jamais recuar diante do terrorismo. (Isto seria um) erro terrível".

Mas alguns candidatos criticaram a condução da guerra por Bush e seu governo. McCain disse que a guerra foi "mal gerenciada por quatro anos".

"Claramente houve um erro real de julgamento, e isso a princípio teve a ver com o fato de que foram ouvidos muitos colegas que eram civis de terno e gravata em vez de ouvir generais", disse o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee.

O debate na Califórnia ocorreu em meio a um clima político sombrio seis meses depois de os republicanos perderem a maioria dos assentos no Congresso para os democratas, nas eleições parlamentares de novembro.

Pesquisas mostram uma grande insatisfação pública com Bush, a guerra do Iraque e os republicanos em geral, a um ano e meio do pleito presidencial marcado para novembro de 2008. Esse contexto obrigou os candidatos republicanos a caminhar na corda bamba na hora de defender o presidente e suas políticas.

O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, cujos apoios políticos que têm angariado e a forte arrecadação de fundos o colocam entre os presidenciáveis do partido apesar da baixa popularidade, disse que os candidatos devem ignorar as pesquisas quando o assunto é a guerra.

"Eu quero trazer as nossas tropas para casa assim que puder. Mas, ao mesmo tempo, reconheço que nós não queremos trazê-los de uma maneira tão precipitada que possa fazer com que tenhamos que enviá-los novamente", disse Romney.