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As ações fazem parte do "reformismo constante", expressão com a qual o presidente denominou suas ações para 2018 | GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP
As ações fazem parte do "reformismo constante", expressão com a qual o presidente denominou suas ações para 2018| Foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP

O presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou nesta segunda-feira (29), um corte de 25% dos funcionários do Estado, além da demissão de parentes de ministros que ocupem outros cargos no governo.  

"Vamos reduzir um de cada quatro cargos do Executivo. Hoje temos um Estado que é um emaranhado burocrático e isso tem de mudar. Além disso, os funcionários públicos não terão aumento neste ano", disse o mandatário, em sua primeira aparição pública depois da viagem internacional em que esteve na Rússia, na Suíça e na França.  

A determinação resultará na eliminação de mais de mil postos de trabalho. O governo estima que, com isso, economizará 1,5 bilhão de pesos (cerca de R$ 242 milhões) por ano, ou 20% do que era gasto com a estrutura do Estado.  

O presidente não poupou o uso de frases dramáticas: "Haverá feridos, a ordem é sacrificar quadros políticos". Quanto à proibição da contratação de parentes de ministros, Macri acrescentou: "Sei que com isso vamos perder colaboradores valiosos, mas é preciso demonstrar austeridade desde o poder".  

As medidas fazem parte do "reformismo constante", expressão com a qual o presidente denominou suas ações para 2018, entram em vigor a partir de 1º de março.  

O anúncio de que o governo cortará na própria carne antecede a entrada em vigor, em fevereiro, do chamado "tarifaço", e que incluirá aumentos nas tarifas de energia, gás e água, algo que vem elevando o nível de tensão na sociedade. Deste modo, o governo demonstra que também está fazendo sacrifícios.  

Também em fevereiro, o Congresso começa a debater os pontos menos polêmicos da reforma trabalhista, enquanto adia para o segundo semestre os mais importantes, referentes à flexibilização dos contratos de trabalho e a anistia a indenizações, às quais os sindicatos se opõem.

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