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O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, vai iniciar amanhã reuniões com os líderes de todos os partidos políticos representados no parlamento, em um primeiro passo no processo que deverá resultar em eleições antecipadas. Ontem, o primeiro-ministro José Sócrates renunciou a seu cargo após os parlamentares rejeitarem um novo plano de austeridade.

Sócrates ainda terá todos os poderes até que Cavaco Silva aceite sua renúncia. Depois disso, ele passará a atuar como primeiro-ministro interino, enquanto um novo governo não for empossado. Sócrates e Pedro Passos Coelho, líder do Partido Social Democrático (PSD), estão em Bruxelas, Bélgica, para a cúpula da União Europeia (UE) na qual a possibilidade de uma ajuda financeira a Portugal deverá ser discutida.

A incerteza política vai tornar mais difícil para Sócrates lidar com os problemas financeiros do país e negociar um acordo com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo analistas.

Cavaco Silva vai começar a consultar os partidos para determinar se um novo governo pode ser formado sem a realização de novas eleições. Caso os partidos não consigam chegar a um acordo, o presidente irá então dissolver o parlamento e convocar o pleito, que poderá ocorrer depois de um período mínimo de 55 dias.

Sócrates governou com minoria no parlamento desde as últimas eleições, em 2009. No dia 11 deste mês, Sócrates e o ministro de Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, anunciaram um novo plano de austeridade, o quarto em dois anos, sem consultar outros partidos ou o presidente. Passos Coelho, líder do PSD, que é o maior partido da oposição, rejeitou o plano em poucas horas, e todos os cinco partidos de oposição no Parlamento votaram ontem contra as medidas.

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