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Pessoas fazem fila em frente a um shopping center em Lima, capital do Peru, 22 de junho de 2020
Pessoas fazem fila em frente a um shopping center em Lima, capital do Peru, 22 de junho de 2020| Foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, ameaçou nesta quarta-feira (24) expropriar clínicas privadas que não chegarem, em 48 horas, a um acordo com o governo sobre o preço do atendimento a pacientes de Covid-19.

"Com a lei e a constituição nas mãos, temos que proteger as pessoas e o ser humano", disse Vizcarra em entrevista coletiva, segundo noticiou o Clarín.

"A tarifa proposta pelo governo, que é razoável, não satisfaz as clínicas privadas (...) Não podemos esperar indefinidamente. Vamos esperar 48 horas para que cheguem a um acordo", disse Vizcarra. O líder peruano afirmou que vai invocar o artigo 70 da Constituição, que diz que o direito à propriedade privada é inviolável e garantido pelo Estado, e que ninguém pode ser privado de sua propriedade, a não ser em casos de segurança nacional ou necessidade pública, com pagamento de indenização.

Os hospitais peruanos estão à beira de um colapso, segundo a imprensa local. O Peru, com 33 milhões de habitantes, é o sexto país com mais casos de coronavírus no mundo e o segundo na América Latina, atrás do Brasil. Até esta quarta-feira, o país registrou mais de 264 mil casos e mais de 8,5 mil mortes pela doença, segundo a Universidade Johns Hopkins.

O país começou a reabrir shopping centers e outros negócios na segunda-feira (22), após 99 dias de confinamento, em tentativa de retomar a economia, que caiu 40% em abril em comparação com o mesmo período no ano anterior.

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