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Daniel Cowart, de 20 anos; e Paul Schlesselman, de 18 anos: presos com um arsenal no veículo | Reuters
Daniel Cowart, de 20 anos; e Paul Schlesselman, de 18 anos: presos com um arsenal no veículo| Foto: Reuters

Veja a reta final da campanha dos candidatos, e o atentado planejado contra Obama

Autoridades federais dos EUA anunciaram que prenderam no Tennessee dois jovens neonazistas que planejavam assassinar o candidado democrata à Casa Branca, Barack Obama, e 102 "não-caucasianos".

A informação é do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, na sigla em inglês), que também revelou documentos judiciais que comprovam o complô, nesta segunda-feira (27). Os suspeitos, Daniel Cowart, de 20 anos, de Bells, no Tennessee, e Paul Schlesselman, de 18 anos, de West Helena, no Arkansas, estão detidos, sem direito a fiança. Os agentes apreenderam um fuzil, um revólver e três pistolas dos dois suspeitos. De acordo com as autoridades, eles roubaram armas da família e estariam se preparando para assaltar um loja para roubar mais armamento.

Os planos para matar Obama não estavam muito avançados e não eram muito sofisticados, de acordo com os documentos. "Não estamos certos da capacidade dos dois ou se eles têm os meios necessários para concretizar suas ameaças", disse uma fonte próxima à investigação.

Os agentes federais prenderam os suspeitos na quarta-feira passada (22), na região de Jackson, no sul do Tennessee.

A dupla teria se encontrado na internet há cerca de um mês. E planejava, após roubar as armas, viajar de estado a estado matando negros.

Eles foram detidos por "ameaças a um candidato à presidência do país, posse ilegal de arma de fogo" e por "complô para roubo de arma".

Os suspeitos pretendiam usar smoking e cartola durante o atentado, que envolvia acelerar o carro na maior velocidade possível na direção de Obama e alvejá-lo da janela do carro.

As gravações da corte distrital em Jackson indicam que Cowart e Schlesselman também compraram máscaras de esqui e cordas de nylon que seriam usadas na matança.

"O Serviço Secreto dos EUA leva todas as ameaças contra candidatos presidenciais a sério, e está investigando ativamente as acusações", disse Richard Harlow, agente especial encarregado do escritório do Serviço Secreto para a região de Memphis.

Segundo a confissão, a dupla também citou que planejava matar a tiros 88 negros e decapitar outros 14. "Pela minha experiência, os números 88 e 14 têm um significado particular dentro do movimento da supremacia branca", disse o agente federal Brian Weaks, responsável pelos depoimentos.

Já ameaçado de morte anteriormente, o candidato democrata - que pode se tornar o primeiro negro eleito presidente dos Estados Unidos - vem sendo cercado de fortes medidas de proteção pelo serviço secreto. Obama está à frente do republicano John McCain nas pesquisas de intenção de voto antes da eleição presidencial, marcada para 4 de novembro.

A campanha de Obama ainda não comentou a notícia.

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