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São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, comentou ontem a informação de que o Paraguai também teria intenção de dar calote no Brasil e não arcar com a dívida para a construção da usina de Itaipu.

O Paraguai teria afirmado que quer a revisão da dívida. Pela proposta, o Brasil arcaria com US$ 19 bilhões e o Paraguai com apenas US$ 600 milhões. A alegação é de que o governo paraguaio vende a energia excedente apenas ao Brasil, maior consumidor de Itaipu.

O problema é antigo, mas, segundo o ministro, as duas pretensões paraguaias – a de anular a dívida e a de poder vender o excedente de energia para outro país que não o Brasil – são "irreais’’.

"Eles têm sempre insistido, achando que a dívida é ilegítima’’, disse o chanceler, acrescentando que, segundo o governo paraguaio, a dívida seria de US$ 27 milhões, o saldo seria de US$ 18 milhões e já foram pagos US$ 45 milhões.

"A proposta não pode ser aceita. O Brasil não aceita o argumento de que a dívida é espúria. Também não aceita o argumento de que a soberania energética do Paraguai só acontecerá se eles puderem vender energia para outros países além do Brasil. Essas duas pretensões nos parecem totalmente irrealistas’’, afirmou.

O engenheiro paraguaio Ricardo Canese, chefe da delegação do país vizinho que negocia a questão energética com o Brasil, rebateu Amorim: "Propomos uma auditoria na dívida. Se ela for legítima, não nos furtaremos de pagar’’.

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