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Angelica e Enrique: mantendo aparências em meio a escândalo | Daniel Becerril / Reuters
Angelica e Enrique: mantendo aparências em meio a escândalo| Foto: Daniel Becerril / Reuters

54 milhões de pesos é o valor da mansão de Angelica Rivera , localizada no elegante bairro de Lomas de Chapultepec, na Cidade do México. O imóvel foi feito por uma empreiteira acusada de ser beneficiada pelo presidente Enrique Peña Nieto.

A primeira-dama do México, Angelica Rivera, disse ontem que venderá sua casa na Cidade do México. O imóvel foi feito por uma empreiteira acusada de ser beneficiada pelo presidente Enrique Peña Nieto.

O escândalo se somou à indignação com a morte de 43 estudantes por narcotraficantes no Estado de Guerrero, em conluio com políticos locais, no último mês de setembro. Os dois casos abalaram a imagem do presidente, até então elogiado por realizar reformas econômicas.

Em vídeo postado em seu canal do YouTube na noite de terça-feira, Rivera disse que comprou a mansão com a rescisão de seu contrato de atriz no canal Televisa. Ela pretende se desfazer do imóvel "para que não seja pretexto para difamar a minha família".

Falando pela primeira vez sobre a fortuna acumulada na última década, Rivera disse que o pagamento recebido como uma popular atriz de novelas e em campanhas publicitárias deram a ela segurança financeira e os recursos para comprar a casa, localizada no elegante bairro de Lomas de Chapultepec, na Cidade do México.

"Eu trabalhei durante a maior parte da minha vida e, por causa disso, sou uma mulher independente. Sempre agi de forma ética."

Detalhes

A compra do imóvel foi acertada em 2010, meses após se casar com o atual presidente com separação de bens. Ela contratou a construtora Ingenería Inmobiliaria del Centro para fazer o imóvel e comprar os dois terrenos onde ele foi instalado.

Para quitar a dívida, Rivera fez um financiamento de oito anos com a empresa, a quem disse ter pago 30% dos 54 milhões de pesos (R$ 10,2 milhões) que vale a casa. O resto pertence à construtora.

A empreiteira é do Grupo Higa, que, por meio de outra subsidiária, fez parte do consórcio vencedor da licitação do trem-bala entre a capital mexicana e Querétaro.

A concorrência do trem-bala foi cancelada no dia 6 por Peña Nieto após a oposição questionar a legitimidade do processo. Dias antes da licitação, todas as demais concorrentes desistiram da obra.

O grupo, do empresário Juan Armando Hinojosa, realiza mais de cem obras no Estado do México, governado por Peña Nieto até 2012, e projetos do governo federal.

Entre elas, está a reforma do hangar presidencial mexicano. Em nota, o porta-voz da Presidência, Eduardo Sánchez, descartou conflito de interesses entre o mandatário e a empreiteira e disse que o Grupo Higa ganhou só uma licitação do governo federal.

Diante da ameaça de protestos em razão do escândalo de corrupção e da chacina contra os estudantes, o governo cancelou os desfiles da Revolução Mexicana na capital e em Chilpancingo, programados para hoje.

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