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Confinados na prisão militar da baía de Guantánamo (Cuba), 13 homens em greve de fome escreveram uma carta aos médicos do local insistindo para que recebam tratamento de profissionais não militares.

"Não posso confiar em seus conselhos, porque vocês respondem a seus superiores militares, que exigem que eu seja tratado de modo inaceitável, e vocês colocam suas obrigações para com eles acima de suas obrigações como médicos", escreveram os prisioneiros, em uma carta aberta obtida pelo jornal britânico "Guardian".

Os signatários da carta reclamaram que a alimentação forçada administrada pelos médicos da prisão militar é "extremamente dolorosa e viola a ética de sua profissão".

A carta assinada hoje foi escrita em conjunto com os advogados dos 13 prisioneiros, nove dos quais assinaram diretamente o texto. Os outros quatro presos assinaram através de seus advogados.

Os homens expressaram ainda um "pedido urgente" para que o comando militar da prisão permita que sejam tratados por médicos "independentes" selecionados por seus advogados.

O militar Todd Breasseale, porta-voz do Pentágono, disse que não há precedentes para permitir que médicos civis tratem dos prisioneiros em Guantánamo.

A greve de fome em Guantánamo, um problema grave para a administração de Barack Obama, está prestes a completar cinco meses. Dos 166 prisioneiros do local, 103 permanecem recusando comida e 36 deles estão sendo alimentados à força -cinco dos quais estão em observação no hospital da prisão.

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