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A vice Cristina Kirchner apoiou o presidente Alberto Fernández após o escândalo desencadeado por uma foto do aniversário da primeira-dama no meio da pandemia
A vice Cristina Kirchner apoiou o presidente Alberto Fernández após o escândalo desencadeado por uma foto do aniversário da primeira-dama no meio da pandemia| Foto: Esteban Collazo/EFE

Um promotor denunciou formalmente nesta quinta-feira (26) o presidente da Argentina, Alberto Fernández, por violação das restrições sanitárias impostas no país devido à pandemia de Covid-19.

A medida foi tomada por causa da realização de uma festa de aniversário da primeira-dama, Fabiola Yáñez, em 14 de julho de 2020, em pleno confinamento nacional.

Pelo descumprimento da norma que havia sido imposta pelo próprio governo, o promotor Ramiro González acusou não só Fernández, como Yáñez e os nove amigos com quem eles estiveram na festa, realizada na residência presidencial de Olivos.

"Olivosgate"

Uma denúncia inicial sobre o caso foi apresentada em 28 de julho por dois militantes da oposição ao governo do atual presidente, quando foi divulgado o registro de visitas à residência presidencial durante a rigorosa quarentena em vigor em 2020. A queixa foi ampliada após a divulgação, em 12 de agosto, das fotos do aniversário da primeira-dama.

As imagens mostram mais de 10 pessoas, incluindo Fernández, comemorando o aniversário de Yáñez em 14 de julho de 2020, quando a Argentina estava sob um decreto presidencial com duras restrições, incluindo a proibição de reuniões sociais, sob ameaça de punição.

Uma semana depois, mais imagens foram divulgadas, mostrando o presidente e a primeira-dama sem máscaras e sem distanciamento social na festa, realizada em ambiente fechado.

Após as fotos se tornarem públicas, o presidente argentino pediu desculpas e reconheceu que o evento "não deveria ter acontecido".

O que disse Fernández

Pouco antes do anúncio da decisão do promotor, Fernández entregou hoje à Justiça um documento no qual pediu que a denúncia seja indeferida, alegando que o caso é um "crime de perigo abstrato" e que "não havia danos à saúde pública".

No documento, de 36 páginas, Fernández também declarou a intenção de doar metade de seu salário durante quatro meses ao Instituto de Microbiologia de Buenos Aires como compensação pelos acontecimentos.

As fotos da festa tiveram um grande impacto na imagem pública do presidente, faltando menos de um mês para as primárias que vão definir os candidatos das eleições legislativas de novembro.

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