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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz pronunciamento à nação sobre pandemia de coronavírus, 25 de março de 2020
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz pronunciamento à nação sobre pandemia de coronavírus, 25 de março de 2020.| Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que as acusações contra Moscou no caso de envenenamento de Alexei Navalny, opositor do governo russo, são "infundadas". A afirmação foi feita ao presidente francês, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (14), em conversa por telefone entre os líderes. De acordo com o governo francês, Macron solicitou ao presidente russo o rápido esclarecimento das "tentativa de assassinato" contra Navalny, bem como a apuração das circunstâncias e responsabilidades do caso.

O governo alemão afirmou que laboratórios da França e da Suécia confirmaram o envenenamento de Navalny com o neurotóxico Novichok. No início do mês, um laboratório militar alemão já havia dado o diagnóstico. Atualmente, o opositor russo se encontra em tratamento em Berlim. Segundo a equipe que cuida do ativista político, ele, que chegou a ficar em coma, apresentou melhora considerável e já consegue caminhar.

Na segunda quinzena de agosto, Navalny passou mal enquanto voltava de avião de Tomsk, na Sibéria, para Moscou, após tomar um chá no aeroporto. A aeronave fez um pouso de emergência na cidade de Omsk, onde ele ficou internado inicialmente. Depois, foi transferido para o Hospital Universitário La Charité, na capital alemã. A hipótese de envenenamento foi logo levantada – e, posteriormente, confirmada.

"Para esclarecer as circunstâncias do que realmente aconteceu, é necessário que os especialistas alemães entreguem à Rússia as amostras biológicas, o relatório médico com os resultados dos exames de Navalny e o início de um trabalho conjunto com os médicos russos", disse Putin. O Kremlin já havia dito que não levaria as acusações a sério.

Essa não foi a primeira vez na qual se suspeitou que Navalny tenha sido envenenado pelo governo russo. Em julho de 2019, quando estava preso por convocar uma manifestação sem autorização do Kremlin, ele foi levado às pressas para um hospital com suspeita de envenenamento. Na época, médicos do hospital disseram inicialmente que ele tinha tido um grave ataque alérgico, mas a médica de Navalny disse que o inchaço e a erupção no rosto dele poderiam ser consistentes com envenenamento químico.

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