O presidente russo, Vladimir Putin, qualificou o assassinato do embaixador russo na Turquia, nesta segunda-feira (19), de “provocação” destinada a minar os laços que eram refeitos entre Moscou e Ancara e aos esforços para solucionar o conflito na Síria.
“O crime que foi cometido é, sem sombra de dúvida, uma provocação destinada a perturbar a normalização das relações turco-russas e o processo de paz na Síria”, declarou à TV russa.
“Só pode haver uma resposta para isto: intensificar a luta contra o terrorismo e os bandidos vão sentir isso”, acrescentou Putin, durante um encontro com o chanceler russo e os chefes das agências de Inteligência doméstica e externa.
O ataque ocorreu dias depois de protestos na Turquia sobre o envolvimento russo no conflito na Síria, embora Moscou e Ancara agora trabalhem em estreita colaboração para a retirada de civis da cidade de Aleppo.
Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa de Rússia, Turquia e Irã têm um encontro previsto em Moscou nesta terça-feira para conversas-chave sobre a Síria.
Erogan também fala em provocação
Declaração semelhante foi dada pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que também afirmou que o assassinato foi uma “provocação” destinada a sabotar “a normalização” das relações entre Ancara e Moscou.
“Nós sabemos que se trata de uma provocação com vistas a (...) prejudicar o processo de relações de normalização das relações entre a Turquia e a Rússia”, afirmou Erdogan, em declarações transmitidas pela TV.
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