O ditador da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (28) que o último ataque massivo contra a Ucrânia com 90 mísseis e 100 drones foi realizado em resposta ao uso de armas ocidentais de longo alcance contra o território russo.
“Efetuamos esta noite um ataque combinado com a utilização de 90 mísseis e 100 drones. Foram atingidos 117 alvos”, disse o chefe do Kremlin em Astana, onde participa em uma cúpula da aliança militar pós-soviética Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).
Putin acrescentou que nos últimos dois dias a Rússia lançou um total de 100 mísseis e 466 drones contra a Ucrânia.
“É claro que responderemos aos ataques realizados contra o território russo com mísseis de longo alcance fabricados no Ocidente”, declarou, ressaltando que a Rússia provavelmente usará mais uma vez um míssil balístico hipersônico Oreshnik, que foi lançado pela primeira vez no último dia 21 de novembro.
Nesse sentido, advertiu que o Ministério da Defesa e o Estado-Maior do Exército russo “estão selecionando alvos para destruição no território da Ucrânia, que poderiam ser instalações militares, empresas da indústria de defesa ou centros de tomada de decisão em Kiev”.
Segundo o ditador Putin, a Ucrânia tentou em diversas ocasiões atacar instalações russas de importância estatal em Moscou e São Petersburgo.
O chefe do Kremlin disse que Moscou está ciente, com riqueza de detalhes, do fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia.
“Sabemos, é claro, quantos sistemas de armas o inimigo potencial possui, onde exatamente estão localizados, quantas armas foram entregues à Ucrânia e quantas planejam entregar”, alegou Putin.
O líder de Moscou afirmou ainda que a Rússia produz 10 vezes mais sistemas de mísseis e equipamentos relacionados do que os países da Otan como um todo. “No próximo ano, esta produção aumentará mais 25% a 30%”, completou.
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