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Putin diz a Obama que teme por violência contra falantes de russo

Reuters

O presidente Vladimir Putin disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o referendo para a união da Crimeia com a Rússia neste domingo era legítimo e manifestou preocupação com o fracasso de Kiev para acabar com a violência contra os falantes de russo na Ucrânia.

"Vladimir Vladimirovich Putin chamou atenção para a incapacidade e falta de vontade das autoridades presentes em Kiev para coibir a violência desenfreada por grupos ultra-nacionalistas e radicais que desestabilizam a situação e aterrorizam civis, incluindo a população de língua russa", disse o Kremlin.

Ele sugeriu que monitores europeus devem ser enviados para todas as partes da Ucrânia por causa da violência, que as autoridades ucranianas culpam grupos pró-russos. O parlamento russo deu a autoridade a Putin para usar as forças armadas se necessário para proteger os compatriotas na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, insistiu neste domingo perante o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o referendo no qual a Crimeia decidiu incorporar-se à Rússia é totalmente legítimo.

Em uma conversa por telefone, Putin lembrou a Obama o precedente do Kosovo, que se tornou independente da Sérvia, segundo informou o Kremlin em comunicado.

"Foram discutidos diferentes aspectos da situação de crise na Ucrânia. Putin chamou a atenção para a incapacidade das atuais autoridades de Kiev para acabar com os desmandos dos grupos ultranacionalistas e radicais que estão desestabilizando a situação e aterrorizando cidadãos pacíficos", afirmou o texto.

Os líderes falaram também sobre a possibilidade de enviar à Ucrânia uma missão de supervisão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e, "na opinião do presidente russo, a atividade dessa missão deve estender-se a todas as regiões da Ucrânia" e não apenas a Crimeia, segundo o comunicado.

A nota acrescentou que "em relação ao referendo, Putin disse que é totalmente conforme às normas do direito internacional e os estatutos da ONU e lembrou o conhecido precedente do Kosovo".

Segundo Putin, os moradores da Crimeia tiveram a oportunidade de expressar livremente sua vontade e autodeterminação.

Os dois presidentes concordaram que, apesar das diferenças de enfoque, "é necessário buscar conjuntamente formas de colaborar para estabilizar a situação", segundo o Kremlin.

O comunicado afirma ainda que Obama felicitou Putin pelo sucesso dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que terminaram hoje, e "lhe pediu que desse suas saudações aos participantes da competição".

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