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Quase a metade dos eleitores do Japão deseja a renúncia do primeiro-ministro Shinzo Abe, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira. Após uma devastadora derrota eleitoral, cresceram também os pedidos da oposição e dentro do próprio partido do premiê por sua saída.

O índice de aprovação de Abe caiu abaixo dos 30 por cento, número considerado crítico para a continuidade de um gabinete, de acordo com sondagem realizada pela agência de notícias Kyodo nos últimos dois dias.

Abe prometeu que ficará no cargo, apesar de sua coalizão ter perdido a maioria no Senado depois da eleição de domingo - que foi seu primeiro grande teste eleitoral desde que assumiu o poder, em setembro.

A pesquisa Kyodo mostrou que 49,5 por cento dos entrevistados disseram que Abe deveria renunciar, enquanto 43,7 por cento afirmaram o contrário. O apoio ao seu gabinete caiu para 29 por cento, 6,8 pontos abaixo de uma pesquisa feita em junho.

O bloco de Abe não sai automaticamente do governo com a derrota no Senado, já que tem grande maioria na Câmara dos Deputados, mais poderosa. Além disso, a falta de sucessores adequados no seu Partido Liberal Democrático (PLD) pode ajudá-lo a sobreviver.

"Aceitarei humildemente as duras críticas...e farei o meu melhor para mostrar resultados", declarou Abe a repórteres.

Yasuhisa Shiozaki, braço direito do premiê, admitiu que alguns membros do partido questionaram nesta terça-feira a intenção de Abe de continuar no cargo.

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