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Durante a campanha, Maria Lucía Ramírez em entrevista na Rádio RCN | Reprodução/Twitter
Durante a campanha, Maria Lucía Ramírez em entrevista na Rádio RCN| Foto: Reprodução/Twitter

Com a vitória de Iván Duque neste último domingo (17), a Colômbia terá, pela primeira vez em sua história, uma vice-presidente mulher. Trata-se da conservadora Marta Lucía Ramírez, de 63 anos, que ocupou os cargos de ministra da Defesa durante a gestão de Álvaro Uribe (2002-2010) e de Comércio Exterior, no governo de Andrés Pastrana (1998-2002).

Desde que se afastou do padrinho Uribe - apesar de serem aliados políticos, ela não aceitou deixar o partido Conservador para integrar o Centro Democrático, sigla criada pelo ex-presidente em 2013 -, Marta Lucía vinha tentando alcançar a Presidência sozinha. Foi candidata em 2014, mas ficou de fora já no primeiro turno, obtendo 2 milhões de votos.

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Desta vez, alimentou de novo a esperança de concorrer, como contou à Folha de S.Paulo em entrevista em março, mas acabou perdendo na disputa interna da direita colombiana, que resolveu ter em Duque um candidato único.

Marta Lucía, porém, foi muito importante para a candidatura do novo presidente eleito, já que era mais conhecida do que ele graças a sua atuação como ministra da Defesa durante um dos períodos mais conturbados no confrontos entre o governo e a antiga guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), nos anos 2000. 

Pode-se atribuir a alta votação de Duque no interior e no sul do país ao fato de Marta Lucía conhecer muito bem as regiões, tendo viajado muito para essas zonas quando era ministra.

Duque tem se mostrado grato, finalizando quase todos os discursos dizendo que tem "uma grande mulher a seu lado" e apontando que apoiará sua candidatura nas próximas eleições, uma vez que a Colômbia extinguiu a reeleição e o mandato de Duque deve ir apenas até 2022.

Logo que soube ter sido eleita vice-presidente, Marta Lucía tuitou agradecendo o apoio de Andrés Pastrana e Álvaro Uribe, e afirmou que ambos são modelos de "liderança e patriotismo".

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Apesar de ser uma figura sempre muito polarizadora, Marta Lucía, em seu discurso da vitória, logo após o de Duque, reafirmou que ambos querem "governar para todos" e que "não interessam as diferenças ideológicas nem sociais, mas sim vermos nossa pátria segura, justa, educada, empreendedora e inclusiva."

Como Duque, Marta Lucía é advogada e também ocupou o cargo de senadora. Reafirmou que lutará pela igualdade de gêneros, e que ajudará a montar a equipe de ministros que, ambos prometeram, terá 50% de mulheres.

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