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Mojtaba Khamenei, filho do aiatolá Ali Khamenei, ganha destaque para substituir o pai no cargo
Mojtaba Khamenei, filho do aiatolá Ali Khamenei, ganha destaque para substituir o pai no cargo| Foto: Reprodução/X

A morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, confirmada nesta segunda-feira (20), levantou questionamentos sobre a sucessão política no Irã, país comandado pelo regime de aiatolás.

Raisi era visto como um forte nome para assumir a posição de líder supremo no lugar de Ali Khamenei, de 85 anos. Seu falecimento inesperado em um acidente aéreo abre espaço para um outro candidato menos conhecido, mas que atua nos bastidores do governo, chegar ao topo da hierarquia política: Mojtaba Khamenei, um dos filhos da atual liderança.

O candidato à posição de maior relevância no Irã tem 55 anos e nunca ocupou cargo importante. Apesar disso, é apontado como um nome atuante nos bastidores da política nacional por coordenar o gabinete do pai.

Mojtaba, segundo filho de Ali Khamenei, é um clérigo e atua ensinando teologia em um seminário na cidade sagrada de Qom. Um artigo do jornal The Economist menciona que, apesar de ser um desconhecido político, ele possui relações próximas com Hossein Taib, um poderoso chefe da inteligência da Guarda Revolucionária do Irã, o que pode influenciar sua ascensão.

Segundo a imprensa iraniana, além dos contatos internos no governo, Mojtaba também tem a seu favor credenciais religiosas mais altas do que o presidente falecido, algo que pode favorecê-lo na nomeação de novo líder supremo, com a morte de seu pai.

Ele é apresentado como aiatolá, assim como Khamenei, a posição clerical mais elevada dentro do regime teocrático. De acordo com a mídia do Irã, Raisi cumpria uma função no mundo islâmico inferior, a de imã, título conquistado por alguns teólogos e outras figuras religiosas notáveis.

O líder supremo do Irã é responsável por chefiar as Forças Armadas e direcionar a política externa do país, que no caso de Teerã é guiada principalmente pela estratégica de combater seus inimigos, os Estados Unidos e Israel.

A constituição nacional diz que o líder supremo é nomeado pela Assembleia de Peritos, um órgão clerical de 88 membros que supervisiona e, em teoria, pode demitir o líder supremo.

Apesar da Assembleia ser escolhida numa eleição, outro órgão de fiscalização linha-dura, composto por clérigos e juristas controlados por Khamenei, pode vetar leis e decidir os candidatos para o cargo.

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