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Jeremy Corbyn, declarado socialista e admirador de Karl Marx, foi eleito neste sábado o líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, resultado que pode levar tornar à uma saída britânica da União Europeia. Ele ganhou a disputa logo no primeiro turno, com 59,5% dos votos. Após o anúncio dos resultados, Corbyn afirmou que a mensagem é que as pessoas são “alimentadas com injustiça e desigualdade” no Reino Unido.

— Os meios de comunicação e muitos de nós, simplesmente, não entendíamos as opiniões dos jovens no nosso país. Eles foram afastadas pela como a política estava sendo conduzida. Temos e devemos mudar isso — declarou Corbyn, depois de ser aplaudido e abraçado até por alguns de seus rivais.

Voltado para novos membros do partido, que ajudaram a impulsioná-lo para a vitória, Corbyn disse:

— Bem-vindo ao nosso partido, bem-vindo ao nosso movimento. E eu digo para aqueles que retornam para a festa, que ficaram desiludidos e foram embora. Bem-vindos de volta.

Ele também atacou a imprensa britânica, condenando o comportamento “intrusivo, abusivo e simplesmente errado”.

— Eu digo aos jornalistas: ataquem figuras políticas públicas. Isso é “ok”, mas, por favor, não ataquem as pessoas que não pediram para serem colocado no centro das atenções — disse.

Corbyn entrou de última hora na disputa pela liderança do derrotado trabalhismo, para enriquecer o debate com seu contraponto de extrema-esquerda, sem expectativa de ganhar. Mas ele acabou derrotando dois ex-ministros do Trabalho, Yvette Cooper e Andy Burnham, e Liz Kendall, e agora passa a dirigir o partido. Burnham conseguiu 19% dos votos, enquanto Yvette revebeu 17%. O candidato Liz Kendall veio por último, com 4,5%.

Com 66 anos, o experiente parlamentar é tachado de trotskista, ele foge dos votos majoritários e pode empurrar o partido à esquerda mais radical. foi a grande surpresa da disputa.

Ele ganhou apoio entre os jovens e venceu a eleição ao prometer aumentar o investimento público, imprimindo dinheiro e a renacionalização da vastos sectores da economia.

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