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Fachada do prédio do governo regional da Catalunha, em Barcelona, na Espanha | Albert Gea/Reuters
Fachada do prédio do governo regional da Catalunha, em Barcelona, na Espanha| Foto: Albert Gea/Reuters

Separação

A discussão sobre a separação catalã foi retomada nos últimos anos, em meio à crise financeira da Espanha. Barcelona deseja mais poder de decisão em relação aos impostos e gastos públicos, exigências que surgiram no momento em que a Espanha aplicou medidas duras de austeridade para reduzir seu déficit orçamentário.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse ontem que o referendo sobre a independência da Catalunha não vai ser realizado.

"É inconstitucional e não vai acontecer", disse em entrevista coletiva junto ao presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy.

O presidente regional catalão, Artur Mas, anunciou ontem um acordo com formações nacionalistas para realizar em novembro de 2014 uma consulta na qual se perguntaria aos cidadãos se querem que a Catalunha seja um Estado e, em caso afirmativo, se querem que seja independente.

"Essa iniciativa choca frontalmente com o próprio fundamento da Constituição que é a indissolúvel unidade da nação espanhola", disse o premiê. "Isso está fora de toda discussão e de toda negociação".

O ministro da Justiça da Espanha, Alberto Ruiz-Gallardón, também já havia afirmado que o referendo não pode acontecer porque a Constituição espanhola não permite a separação unilateral de uma região autônoma.

Rajoy afirmou que seu governo não pode autorizar ou negociar algo que é propriedade de todos os espanhóis: a soberania. "Corresponde a eles dizerem o que é a Espanha e como ela se organiza", disse.

O primeiro-ministro também lamentou as "iniciativas que dividem a sociedade", já que seu governo trabalhou para o fortalecimento dos laços entre os catalães e o resto dos espanhóis.

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