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Bandeira da UE com uma das estrelas simbolicamente cortada, onde aparece, ao fundo, a torre das Casas do Parlamento, na Inglaterra | OLI SCARFF/AFP
Bandeira da UE com uma das estrelas simbolicamente cortada, onde aparece, ao fundo, a torre das Casas do Parlamento, na Inglaterra| Foto: OLI SCARFF/AFP

Depois de meses de lutas e atrasos, enganos e contratempos, os negociadores do Brexit para o Reino Unido e a União Europeia finalmente produziram um esboço de acordo que estabelece como a Grã-Bretanha sairá da união política e econômica que ajudou a criar há uma geração.

O pacto, de caráter técnico, deve ser apresentado ainda nesta quarta-feira (14) pela premiê Theresa May ao seu gabinete. O Parlamento britânico deve votá-lo nos próximos dias.

O Reino Unido quer concluir a negociação em breve para que o Parlamento britânico tenha tempo hábil de votar o projeto, mesmo após resistência de partidos da oposição e da própria base de May contra um acordo que, segundo os críticos, estaria traindo o Brexit por subjugá-lo aos interesses de Bruxelas. Conforme prazo determinado anteriormente, a saída deve ocorrer em 29 de março de 2019, com a aprovação do Parlamento Europeu.

Leia mais: Seis questões para entender o impasse nas negociações sobre o Brexit

A União Europeia anunciou que quer um rascunho do plano do Brexit até esta quarta-feira. Alguns diplomatas do bloco, no entanto, dizem não ter esperanças de resultados nesta semana. Enquanto isso, negociadores têm se reunido até tarde da noite em Bruxelas para impedir quaisquer brechas no acordo para que os dois lados não prejudiquem um comércio que já dura 46 anos. 

O principal entrave que impede a definição de um acordo é o chamado "backstop" da Irlanda do Norte, uma política de segurança econômica para evitar o retorno dos controles aduaneiros na fronteira entre a Irlanda do Norte, integrante do Reino Unido, e a Irlanda, membro da UE, caso um tratado comercial não seja feito a tempo.

"A primeira-ministra disse diversas vezes que, se o backstop for usado, e nós não queremos que o seja, será certamente algo temporário e indefinido", disse Lidington, que votou em 2016 para o Reino Unido permanecer na União Europeia. Mas o acordo dificilmente mudará a crescente oposição contra May.

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