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Investigações comprovam que Obama não teve nenhum envolvimento com o governador de Illinois | Emmanuel Dunand / AFP Photo
Investigações comprovam que Obama não teve nenhum envolvimento com o governador de Illinois| Foto: Emmanuel Dunand / AFP Photo

Os assessores do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, não mantiveram contatos inadequados com o governador de Illinois, Rod Blagojevich, acusado pela promotoria federal de tentar vender a vaga do presidente eleito no Senado, conclui um relatório divulgado nesta segunda-feira (23) pela equipe de transição de Obama.

Na semana passada o presidente eleito já havia comentado que o relatório eximiria sua equipe. Blagojevich foi preso no dia 9 e solto em seguida, após pagar fiança. Sob a possibilidade de o escândalo atrapalhar seu processo de transição de poder, Obama anunciou no dia 11 que havia pedido à sua equipe que verificasse todos os contatos feitos com o gabinete de Blagojevich sobre a vaga no Senado, prometendo passar todas as informações para a imprensa.

A divulgação do documento ocorre em um momento no qual Obama passa férias no Havaí. Segundo sua equipe, ele não fará nenhum pronunciamento sobre o assunto. O relatório esboça os contatos limitados que alguns assessores de Obama - incluindo o futuro chefe de gabinete de seu governo, Rahm Emanuel, - mantiveram com o gabinete de Blagojevich e afirma que nenhum assessor próximo de Obama suspeitava que o governador estivesse tentando vender a vaga.

"Não há indícios de negociações sobre um "acordo" no qual Blagojevich receberia benefício pessoal por qualquer indicação", afirma o documento. Segundo três fontes que tiveram acesso prévio ao documento, o relatório foi preparado por advogados da equipe de transição de Obama e resume-se a uma dezena de parágrafos que esboçam os contatos limitados que os assessores mantiveram com Blagojevich.

Memória

Segundo o jornal The New York Times, porém, a revisão dos contatos foi compilada de memória pela equipe de Obama, em vez de pela revisão dos registros das ligações telefônicas. Além de Emanuel, deputado por Illinois escolhido para a chefia de gabinete, a advogada Valerie Jarrett, amiga de duas décadas do casal Obama, também é citada. Emanuel teria mantido vários contatos com Blagojevich. Segundo uma fonte próxima do governador de Illinois, Blagojevich acreditava que o deputado queria que a vaga do Senado fosse concedida a Valerie, para que ela não pudesse disputar com ele a atenção de Obama na Casa Branca.

Valerie retirou seu nome da consideração para a vaga no Senado no mês passado, para assumir a co-presidência da equipe de transição. Depois da posse de Obama, no dia 20, ela ocupará três funções ao mesmo tempo: será a principal assessora particular do presidente, intermediará as relações da Casa Branca com o restante do governo e supervisionará o Escritório de Relações Públicas.

Emanuel, que sucedeu a Blagojevich no Congresso em 2002, após a vitória do governador na eleição estadual, recusou-se a comentar sobre os contatos que os dois mantiveram. Fontes da procuradoria dos Estados Unidos afirmam que Emanuel não é alvo da investigação. O processo federal, liderado pelo procurador-geral Patrick Fitzgerald, não menciona conversas com Emanuel ou outros membros da equipe de transição.

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