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Polícia militar patrulha os arredores da embaixada da Venezuela em Brasília
Polícia militar patrulha os arredores da embaixada da Venezuela em Brasília| Foto: JORDI MIRO/AFP

Representantes de Juan Guaidó ingressaram pela primeira vez na embaixada da Venezuela em Brasília na manhã desta quarta-feira (13), assumindo o controle parcial do prédio que estava sendo usado pelos diplomatas do ditador Nicolás Maduro – apesar de o governo brasileiro reconhecer o opositor como presidente do país vizinho. Houve confusão do lado de fora da embaixada e um dos apoiadores de Guaidó foi agredido, de acordo com o site Infobae.

Em comunicado oficial, a embaixadora de Guaidó no Brasil, María Teresa Belandria, contou que na manhã desta quarta um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela em Brasília entrou em contato com ela para informar que reconheciam Juan Guaidó como presidente interino legítimo da Venezuela e que entregariam voluntariamente a sede diplomática à representação do líder opositor no Brasil.

"Ao entrar na sede, verificamos que um grupo de funcionários estava morando na residência oficial, contígua a seção administrativa. Eles foram notificados sobre a ação de seus companheiros e, imediatamente, foram convidados a se incorporar ao trabalho na embaixada, com todos seus direitos trabalhistas garantidos", disse a embaixadora na nota.

"Este é mais um incentivo para que o 16 de novembro, assim como no Brasil acabou a usurpação, acabe a usurpação na Venezuela", disse o ministro-conselheiro da embaixada Tomás Alejandro Silva em um vídeo divulgado nas redes sociais de Belandria ao referir-se a uma manifestação da oposição a Maduro, planejada para este sábado (16) na Venezuela.

O adido militar chavista, general Manuel Barroso, e outros funcionários de Maduro contestam a versão dos representantes de Guaidó. Em um vídeo compartilhado pelo deputado petista Paulo Pimenta eles alegam que a embaixada foi invadida e que continuam apoiando o regime madurista.

De acordo com o encarregado de Negócios de Maduro no Brasil, Freddy Meregote , os funcionários pró Nicolás Maduro só poderiam deixar o Brasil se o governo de Jair Bolsonaro declarasse os funcionários da embaixada como "personas non gratas", o que afirma não ter ocorrido.

De acordo com o jornal O Globo, a Polícia Militar do Distrito Federal chegou a ser acionada, mas não pode entrar no local, já que o prédio é considerado território venezuelano.

Alguns deputados brasileiros do PT e PCdoB denunciaram uma "invasão" à embaixada venezuelana. Militantes da esquerda estão em frente à sede diplomática venezuelana para prestar apoio ao ditador.

Já o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, defendeu a ação. "Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo", tuitou.

A confusão ocorre no dia em que o Brasil está sediando a cúpula do Brics.

História em desenvolvimento. Mais informações em breve.

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