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“Sim, nós vigiamos”: frase vista em cartazes de manifestantes em julho de 2013 continua a fazer sentido mais de um ano depois | Kai Pfaffenbach/Reuters
“Sim, nós vigiamos”: frase vista em cartazes de manifestantes em julho de 2013 continua a fazer sentido mais de um ano depois| Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

60 votos eram necessários para que o "Ato de Liberdade dos EUA" , que prevê o fim da espionagem em grande escala de registros telefônicos da NSA, avançasse no senado norte-americano. O resultado final foi de 58 votos a favor e 42 contra.

Permissão

Caso fosse aprovado, o projeto para encerrar a espionagem obrigaria a NSA a pedir a uma companhia de comunicação os registros de uma pessoa específica ao investigar um caso de terrorismo, em vez de indiscriminadamente varrer os registros de milhões de pessoas.

Um projeto para encerrar a espionagem em grande escala de registros telefônicos da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) não foi aprovado ontem no Senado norte-americano, após líderes republicanos terem dito que a lei beneficiaria inimigos dos EUA, incluindo militantes do Estado Islâmico.

O "Ato de Liberdade dos EUA" foi apoiado por uma incomum coalizão de democratas e republicanos preocupados com a privacidade dos norte-americanos, mas não obteve os 60 votos necessários para avançar, com o resultado final de 58 a favor e 42 contra. A medida não deve se tornar lei no curto prazo, uma vez que republicanos vão deter a maioria dos assentos no Senado a partir de 1.º de janeiro.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, atacou o projeto de lei em um discurso no Senado na manhã de ontem. Suas preocupações foram refletidas por diversos outros republicanos. "Se nosso objetivo é degradar e destruir o EI, como o presidente disse, então isso vai exigir políticas mais inteligentes e uma determinação firme. No mínimo, não devemos fazer nada para deixar a situação pior", disse McConnell. "Obviamente estou decepcionado com a votação de hoje", disse o patrocinador da lei, senador Patrick Leahy, que prometeu não abandonar a luta.

A medida foi a primeira considerada pelo plenário do Senado que tratava de preocupações de privacidade levantadas após as revelações, no passado, do ex-funcionário da NSA Edward Snowden, que mostrou que a inteligência dos EUA estava coletando e armazenando metadados de comunicações, inclusive registros de milhões de telefonemas tanto de americanos como de pessoas de outros países.

Entre outras coisas, o projeto de lei, apoiado por grupos do Vale do Silício e grandes empresas de tecnologia, exige que a NSA peça a uma companhia de comunicação os registros de uma pessoa específica ao investigar um caso de terrorismo, em vez de indiscriminadamente varrer os registros de milhões de pessoas.

A Câmara dos Deputados aprovou uma versão semelhante, mas menos restritiva, do projeto de lei neste ano. A Casa Branca havia apoiado a legislação, negando acusações de que ela beneficiaria grupos terroristas. Muitas companhias americanas de tecnologia também buscaram realizar mudanças após verem seus negócios sofrerem, à medida que governos estrangeiros se preocupavam com dados que pudessem ser entregues à inteligência norte-americana.

Obama anuncia hoje medidas migratórias

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará hoje suas esperadas ações executivas sobre imigração, segundo confirmaram ontem fontes envolvidas no processo de discussão dessas medidas. Inicialmente a imprensa havia informado que Obama divulgaria as medidas na sexta-feira em Las Vegas.

Obama afirmou, após as eleições legislativas de 4 de novembro, que tomaria medidas executivas antes do final do ano diante da falta de acordo no Congresso para aprovar uma reforma migratória.

O secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jeh Johnson, afirmou em Washington que as ações executivas tomadas por Obama sobre a questão migratória "nos próximos dias" serão "integrais" e abordarão diversos aspectos, incluída a segurança da fronteira.

Segundo começou a ser anunciado na semana passada, o plano de Obama permitirá que muitos pais de crianças que são cidadãos americanos ou residentes legais obtenham permissões de trabalho e evitem assim a ameaça de deportação.

Essa parte do plano pode atingir entre 2,5 e 3,3 milhões de pessoas, dependendo do tempo de permanência no país (dez ou cinco anos) que seja fixado como requisito para os potenciais beneficiados.

O presidente avalia, ainda, ampliar a proteção que já existe para os jovens imigrantes ilegais que chegaram aos EUA quando eram crianças e estendê-las também aos seus pais, o que beneficiaria mais de um milhão de imigrantes.

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