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tragédia no Egito

Resposta para causa da queda de avião russo vai demorar

Enquanto companhia aérea garante que não houve falha técnica, fonte de comissão diz que jato não foi atingido por algo externo

Na Rússia, mulher homenageia pessoas mortas na queda do avião. | Maxim Shemetov/Reuters
Na Rússia, mulher homenageia pessoas mortas na queda do avião. (Foto: Maxim Shemetov/Reuters)

Três dias após a queda do Airbus A321 da companhia aérea russa Kogalymia, na Península do Sinai, no Egito, ainda faltam informações concretas sobre a causa da tragédia com a aeronave, no último sábado. Todos os 224 passageiros morreram na queda que aconteceu logo após o jato decolar do balneário Sharm El-Sheik, no Egito, com direção a São Petersburgo, na Rússia.

Representantes da companhia aérea rejeitaram, em uma coletiva de imprensa na segunda (2), a hipótese de que uma falha técnica tenha causado o acidente. No entanto, uma fonte na comissão que analisa os registros de voo revelou que o jato não foi atingido por algo externo e o piloto não emitiu um pedido de socorro antes de o aparelho desaparecer do radar. Segundo autoridades russas, ainda é muito cedo para apontar o que causou a tragédia. De concreto, o que já se sabe sobre a queda do avião são as seguintes informações:

Descida brusca

O site FlightRadar24, baseado na Suécia e que monitora voos, indicou que o Airbus A321 começou uma descida acentuada a uma velocidade de 1.800 metros por minuto pouco antes de desaparecer do radar.

Desintegração no ar

O chefe da Agência de Transporte Aéreo da Rússia, Aleksandr Neradko, indicou que “todos os sinais apontam para o fato de que a aeronave se desintegrou no ar a uma altitude elevada”. A afirmação vem do fato de os destroços e corpos terem sido encontrados numa área de 20 quilômetros quadrados. Investigadores egípcios acreditam que a aeronave caiu verticalmente.

Problemas no avião

Segundo a imprensa russa, a mulher do copiloto Sergei Trukachev afirmou que ele teria dito à filha do casal pouco antes de embarcar que a “condição técnica do Airbus A321 deixava a desejar”. Em 2001, a aeronave sofreu um acidente com a cauda ao aterrissar no Cairo, Egito.

Combustível inocentado

Autoridades russas investigaram a parada de reabastecimento em Samara, no próprio país, a última antes de o avião decolar de Sharm el-Sheikh, no Sinai. Segundo relatos, nada de anormal foi encontrado no combustível utilizado pelo avião.

Possível atentado

O grupo Província do Sinai do Estado Islâmico reivindicou ter destruído o avião. Autoridades e especialistas indicam que nenhum grupo extremista no Sinai tem mísseis capazes de atingir a altitude de 9.400 metros em que o Airbus A321 voava quando começou a cair. Mas não se descarta a hipótese de uma bomba a bordo.

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