O único militante que sobreviveu aos atentados de novembro passado em Mumbai fez uma surpreendente confissão nesta segunda-feira (20), admitindo ter participado da ação que durou três dias, deixou 166 mortos e provocou uma nova onda de tensão entre Índia e Paquistão.
O cidadão paquistanês Mohammad Ajmal Kasab, 21 anos, havia sido indiciado por 86 crimes, inclusive homicídio e guerra contra a Índia.
De acordo com o relato feito pelo promotor Ujjwal Nikam a jornalistas, durante um interrogatório rotineiro de testemunhas na segunda-feira Kasab se levantou e disse ao tribunal em Mumbai: "Tenho algo a dizer. Quero confessar".
Ele então gravou um depoimento de três horas relatando suas ações, segundo autoridades.
"Ele confessou seu papel e o fato de que esteve envolvido nos ataques que mataram tanta gente (...), o planejamento e a execução", disse o investigador policial Rakesh Maria à Reuters.
Kasab, que em maio se declarara inocente, agora pode ser condenado à morte.
Entre os dias 26 e 28 de novembro, dez militantes islâmicos atacaram dois hotéis de luxo, um centro judaico e uma estação de trens em Mumbai. Kasab, único militante sobrevivente, foi um dos 38 indiciados pelo ataque.
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